Mensagem de Natal do Presidente Edson Tavares

Feliz Natal

Naquele final de ano eu estava muito cansado. Foram meses difíceis. O mundo em crise econômica, os tributos em alta, a inflação mostrando suas garras e o dinheiro... Bem, parecia não ser suficiente.
         Minha grande e maior companheira era a calculadora...
         Sabia que além de todas as despesas habituais havia de pagar o décimo terceiro e as férias dos funcionários. O sono havia me abandonado, as tristes olheiras denunciavam tudo o que estava vivendo. Mas a chegada do Bom Velhinho me enchia de esperança. As crianças já haviam enviando ao Pólo Norte da Árvore de Natal suas cartinhas. Vê-los felizes me faria muito bem. Mas o fato é que até então não tivera coragem de descobrir seus pedidos.
         A cidade iluminada, a Igreja enfeitada e as pessoas caminhando pelas ruas carregadas de presentes me asfixiavam. Dor de cabeça, tontura, falta de ar, taquicardia e formigamento do braço esquerdo...
Pronto socorro!
         Achei que não veria o Noel naquele ano...
         E realmente não o vi.
         __ Pânico – disse o cardiologista. Crise de ansiedade...
         E o que é pior. A conta do hospital! E ainda tinha aquele pacote de medicamentos.
         Confesso que nem mesmo entendi tudo o que estava acontecendo, mas algo que me deram me fez muito bem. E então eu dormi. Muito e bem. E acordei ainda melhor...
         Nem mesmo as contas por vencer me assustavam. Estava envergonhado por não ter resistido e caído doente. Minha esposa retirou as crianças de casa para meu melhor descanso. Somente agora pude ler as cartinhas dos pequenos. Então, tudo mudou.
         “Fui um bom menino este ano. E o que eu mais queria era montar um presépio com meu papai. Daqueles bem bonitos que a gente mesmo faz. Colocar o menino Jesus na gruta junto com Nossa Senhora, São José e os animaizinhos todos. E também queria ganhar Um joguinho de Damas. Meu papai sabe fazer!” – dizia o Leonardo.
         Meus olhos se encheram de lágrimas.
         A Geovana pediu uma bonequinha bem pequenininha. Negrinha e peladinha. Queria que a vovó fizesse as roupinhas.
         Aqueles próximos dias foram muito felizes. E minha vida mudou. Muito mesmo. Com lona, tintas, grama e imagens feitas com sabugo de milho e palha. A árvore de Natal agora era mais simples e muito mais bonita.
         E o menino Jesus agora era a bonequinha negra da Geovana!
         Foi realmente um Feliz Natal. De família, simplicidade, união e Presépio de verdade. Um verdadeiro renascimento mesmo diante de uma vida que me pressionava a comprar, gastar todo o inexistente décimo terceiro e ficar devendo até depois do carnaval.
         Agora não preciso mais de remédios para enxergar tudo aquilo que está diante de meus olhos. Mais agradeço a Deus aquela crise que me salvou da prisão deste mundo cruel.
         E posso dizer a todos: Feliz Natal e um Ano Novo repleto de felicidades. E das crises necessárias ao seu crescimento.


Que neste Natal nosso coração se abra ao menino Deus que nasce a cada dia gratuitamente, a todos nós. Que tenhamos um Natal repleto de paz, saúde e muitas bênçãos de Deus para celebrarmos todas as conquistas deste 2011 e planejar um Ano Novo com muita esperança em dias melhores. Especialmente como resultado de nossas lutas, nossos encontros e trabalhos em comum.
         Que a Academia se fortaleça com a força de cada um de nós. Que a nossa sensibilidade, capacidade e perseverança nos tornem capazes de produzir e disponibilizar nossos talentos a todos os que conosco convivem, lêem, apreciam e ouvem nossas obras.
         Parabéns a todos pelas conquistas deste 2011. E que 2012 possamos ter os méritos para comemorar ainda mais. Saúde, alegria e muita paz a todos.

Edson Tavares.
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Poesia de Fahed Daher - O Meu Natal

O Meu Natal

E o Natal que nós queremos
Que lembra o caminho da paz,
É o momento  em que se faz
A concentração da Fé
Em tudo aquilo que cremos
De Cristo, Maria e José.

O Natal é festa, sim,
Alegria, exaltação,
Riso, presente, oração,
Os encontros das famílias,
Seguindo, de Cristo, a trilha
Do amor real, da humildade.

Não é no carro, na jóia,
No traje mais elegante,
No jantar extravagante,
Que se fará a  honraria
Ao nascimento sagrado
Desta criança que um dia
Nos mostrou o certo e o errado.

Festa, sim, com oração,
Alegria, o baile, a vida,
A festa tão exigida
Depois da meditação.
O culto, a missa, a novena
E a consciência serena
Que nos leva à salvação..

Mas, deixando o pessimismo
o descaso ou o cinismo
num abraço muito terno,
vibrando no amor fraterno
que nos veio de Jesus,
o afeto que nos conduz
enche a alma de alegria,
no encontro de cada dia
coração a coração
no comando de Maria  
e do sentido Cristão..
 
Fahed  Daher- - Médico – Apucarana  Paraná
Governador  95/96  Distrito 4710 de Rótary International
 Academia de Letras de Londrina
Academia de Letras Artes e Ciências Centro Norte do Paraná.

Poesia de Wander de Souza - Talvez um dia

Apresentada pelo Acadêmico Matheus M Santos

Talvez um dia

Quando seus olhos
Encontrarem os meus
Expurgue seus sentimentos
Esqueça que um dia foram seus

Eu fugi, eu corri, eu fui embora,
Fui covarde, desapareci.
Por mais que me explique. Não importa.
As vezes nem mesmo o velho consola.

Mais uma dose de auto-piedade.
Me enterre com seu sorriso, apenas um.
Pra me sentir o fracassado da cidade,
Só pra eu encenar Factotum.

Tenha certeza
Que quando a encenação acabar.
O sol esmurrará minha cara,
Como quem não quer nada.

 Wander de Souza

Poesia de Matheus M Santos - Além da Quantidade

Além da Quantidade

Quantos são os olhares
E quantas são as promessas?
Quantas são as esperanças
Que só possuem uma fresta?

O olhar fica parado
E a boca fica muda
Só o pensamento fala
Nessa noite desnuda

Pelo calor envolto
Das luzes dos postes
Do gritar de um socorro
Que antecede a morte

Quantos são os egoísmos
E quantas são as incertezas?
Quantas foram as garrafas que
Ficaram sobre a mesa?

Se quantidade fosse algo importante
Qualidades não definiriam o ser
Porque as vezes a vida é bem mais
Do que apenas viver.                                                

Posse da Academia em 04/12/2012

    No dia 04 de dezembro 2012, a Academia esteve reunida no salão nobre da ACIA, para dar posse a dois novos Acadêmicos. Alemar Alves Sampaio, que ocupará a cadeira nº 11, cuja patronesse é a Elis Regina e Matheus Moreira Santos, ocupando a cadeira nº 14, cujo patrono é Manoel Bandeira. Após a solenidade os Acadêmicos se reuniram para uma confraternização de final de ano no Restaurante Simões. A Academia volta a se reunir em 05 de fevereiro de 2012.



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Poesia de João Vieira Jr - Dança

Dança

Queria dançar na chuva
Ver molhado teu corpo
Sentir o vento nos cabelos
Um olhar em busca de algo mais
Queria tomar champagnhe todo dia
Comer cerejas em fruta
Viver para viver a vida
Sentir no coração somente
Queria construir um lar
Montar um canto de aconchego
Um refúgio de Paz
Andar descalço
Cheiro de terra molhada
Perceber grama crescer
Queria dar um tempo
Flutuar acima das nuvens
Chegar no infinito
Olhar nos olhos
Contar as estrelas
Encontrar a esquina do mundo
O início de tudo
Onde pousa meu coração
Viver no paraíso
Trazer o paraíso para dentro de mim
Botar para fora este sentimento, dividir
E feliz viver cada momento
Mas areia nasce pedra
E cada dia vai se desmaterializando
Até se tornar areia
Também pode virar Vidro
E vidro também não é final
Pois muda de forma e cor
Enfeita e protege
E se recicla
E assim descubro me camaleão
Mimetizando me a cada dia
Também um Condor
Lançando vôos cada vez mais altos
E assim construindo a cada hora
Vou me tornando aquele projeto de mim
Sempre inacabado, sempre por vim
Sempre melhorado, sem nunca ter fim

João Vieira Jr.
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Poesias de Matheus M Santos - Caminhada & Ao Apagar das Luzes

Caminhada

Um lugar desprezado por você
O olhar intimidado e sem porque
Um descaso aparecendo em toda parte
Instruídos de pesares alugados ao acaso

Discutimos uma noite sem parar
Caminhamos envoltos no pesar
Onde você vai outra vez sem rumo?
Vivendo solitária apenas no seu mundo

Mostrará novamente o que cansei de ver
Você sempre perdida perguntando por que?
O olhar não sara as dores da ferida
Esperando respostas desse amor além da vida

Aonde cheguei era longe pra te buscar
Aonde eu irei, ao inferno se precisar
Aonde eu esperei apenas um olhar
Aonde eu sonhei você e eu a caminhar.



Ao Apagar das Luzes

Quando as luzes se apagam
Ao nascer do dia
A esperança nos afaga
Como companheira da Boêmia

Quando as luzes se apagam
Ao anoitecer da madrugada
Os poetas bebem vinho
Observando a passarada

Mas quando os pássaros não voam
E a esperança não afaga
O vinho não disfarça
O tamanho da nossa mágoa.

Matheus M Santos

Cadeira Número 14

Patrono MANUEL Carneiro de Souza BANDEIRA Filho
Nasceu no Recife, Pernambuco, em 1886, filho de um engenheiro. Fez estudos primários no Recife e secundários no Pedro II do Rio e ainda o primeiro ano da Escola Politécnica de São Paulo, pois desejava ser arquiteto.
Adolescente em 1904 foi obrigado a deixar os estudos e a viver em várias estações de clima; em 1913 foi para um sanatório da Suíça, de onde voltou em 1914; em 1917 publica A Cinza da Horas, saudada por João Ribeiro. Perde a mãe em 1916 e a irmã, que era enfermeira, em 1918; em 1919 publica Carnaval e no ano seguinte perde o pai, indo então morar na Rua do Curvelo, onde escreveu O Ritmo Dissoluto (1925), e Libertinagem (1930), e muitos poemas de A Estrela da Manha (1936), estando sua obra poética reunida em Estrela da Vida Inteira, publicado em abril de 1966.
Por ocasião de seu 80° aniversário, Bandeira é considerado o grande precursor do movimento Modernista iniciado em 1922 e um dos melhores poetas da língua de todos os tempos, embora ele próprio teimasse em se considerar "poeta menor". Deixou excelentes livros de crônicas (Os Reis Bêbados e Andorinha, Andorinha), memórias (Itinerário de Pasárgada), muitas traduções do espanhol do francês e do alemão, um compêndio de História das Literaturas e outros das Literaturas Hispano-Americanas (foi professor do Pedro II e da Universidade do Brasil), antologia da poesia brasileira, estudos sobre Gonçalves Dias, Antero de Quental e outros poetas; críticas de poesia e de artes plásticas, etc.
Entrou para a Academia Brasileira de Letras em 1940 e exerceu um intenso labor intelectual e uma larga e profunda influência, morrendo, coberto de glória, a 13 de outubro de 1968, no Rio.

Acadêmico ATUAL - Matheus Moreira Santos


        Nascido em 18 de Maio de 1989 em Apucarana, Paraná, filho de Carlos Alberto Santos e Elizabeth Aparecida Moreira Santos, é Psicólogo, Poeta e Escritor.


        Vê na escrita não apenas uma simples forma de se expressar, mais além disso uma maneira de poder mudar as coisas e proporcionar momentos prazerosos para os amantes da literatura, seu hobby principal é a leitura, gosta de ler diversos autores porém suas principais influências são: Álvarez de Azevedo, Charles Bukowski e Paulo Leminski. 


        Também se interessa por assuntos relacionados à filosofia, psicanálise, psicologia da saúde e hospitalar e psico-oncologia.

        É membro fundador juntamente com os poetas Janderson Cunha e Wander de Souza do Movimento Cultural Poetas Por Natureza, que tem como objetivo principal divulgar a Poesia nas escolas, faculdades, empresas, comércio, enfim trabalhar desde as crianças até os mais velhos para que adquiram o hábito da leitura e aos poucos se apaixonem por esse mundo tão diferente. Também organizam eventos como o Sarau Músico Literário onde artistas de diversas áreas se reúnem para se apresentar e compartilhar idéias visando sempre o avanço da cultura na região.


Atualizado em 06/08/2013.

Crônicas de Thadeus Palka - Fósforo, Bala de Menta, Café e Jornal.

FÓSFORO, BALA DE MENTA, CAFÉ E JORNAL.
(*)-Thadeus Palka.
            “Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal”; esses quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que se conhece.
            Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos avistou um letreiro luminosa com o nome: Hotel Venetia.
            Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: “Bem vindo ao Venetia”.
            No quarto uma discreta cama impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira para ser riscado.
            Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte.
            Mudou de roupa para o jantar (a moça fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa como tudo o que tinha visto naquele local, até então. Assinou a conta e retornou ao quarto. Fazia frio...
            E ele estava ansioso pelo fogo na lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!
            Na manhã seguinte o hospede acordou com um estranho borbulhar vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia “Sua marca predileta de café”. Bom apetite! Era mesmo!
            Como eles podiam saber desse detalhe? De repente lembrou-se; no jantar perguntaram qual sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta, Ao abrir havia um jornal. “Mas como pode”. É o meu jornal. Como eles adivinharam? Mais uma vez lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia. O cliente deixou o hotel encantado. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor.
            Mas o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal. Nunca se falou tanto na relação empresa – cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing.
            No entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito e mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemos das pessoas. O valor das pequenas coisas conta e muito.
            A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!
            Lembrando que: essa mensagem vale também para as nossas relações pessoas (namoro, amizade, família, casamento e etc.).
            Enfim pensar no outro como ser humanos.
            É sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe. Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia que na maioria das vezes passam despercebidos.
            “Pense nisso com muito carinho”.
            É relato enviado por um amigo via internet muito interessante e oportuno.
            Desejo a todos Feliz Natal e prosperidade, paz, saúde e alegria no ano de 2.012.
(*) – Advogado e ex-professor da FECEA – PR. 

Artigos de Edson Tavares - Democracia Corintiana - Por um Palmeirense !

Democracia Corintiana - Por um Palmeirense !


       O Brasil amargava o ocaso da ditadura militar que se instalara em 64 no auge da Guerra Fria. Foram anos negros em que a constituição de 46 foi suspensa, o Presidente afastado, o Congresso dissolvido, Atos Institucionais (17 e 104 complementares) postos em prática e, entre eles, o infame AI-5. Assim o Estado Democrático de Direito foi abolido e estudantes, intelectuais e lideranças políticas contrários ao Regime foram perseguidos, exilados, combatidos e uma infinidade de militantes se tornaram desaparecidos.
       Direitos civis foram violados, a imprensa e as artes censuradas e a mídia controlada exaltando um pretenso Ufanismo e um Nacionalismo diante da ameaça Comunista.
       Embora o Milagre Brasileiro propagado pela Mídia diante de uma década de Crescimento Econômico na casa dos dois dígitos não mais alcançasse apelo popular os militares hesitavam em deixar o poder.  Diante de uma cada vez maior concentração de renda e de uma inflação galopante o desgaste era inevitável. Vários atentados se sucederam no ano de 1980 creditados a setores de Direita e Militares Linha Dura. As forças políticas se mobilizaram condenando a onda de atentados que se estabelecera.
       Os trabalhadores sindicalizados, especialmente os metalúrgicos da Região do ABC paulista, enfrentavam a ditadura em greves que ameaçavam o senso de poder e controle do Governo. Nesse ambiente surgiu a ideia de se fundar um partido que representasse os trabalhadores e, em 1980, Lula se juntou a sindicalistas, intelectuais, católicos militantes da Teologia da Libertação e artistas para formar o Partido dos Trabalhadores (PT).
       Mas a repressão continuava e os meios de comunicação eram calados ou manipulados. Neste contexto, em 1980, surgiu o movimento conhecido como Democracia Corintiana liderado pelo médico atleta Sócrates, o Brasileiro, Casagrande, Wlademir, Biro-Biro (Lero-Lero) e Zenon. Tratava-se de um movimento ideológico onde menos se esperava: no futebol, o Circo anestesiante das massas diante das agruras de uma sociedade agonizante.
       Os jogadores se organizaram e passaram a ser ouvidos pela administração do clube em assuntos importantes para a rotina do clube. Surgia um modelo de autogestão onde muitos assuntos eram decididos pelo voto dos atletas. Os tempos de Vicente Mateus ficavam para traz e os maus resultados começavam a ser esquecidos.
       Washington Olivetto cunhou o termo Democracia Corintiana e o time passou a estampar em suas camisas frases de cunho político, como "diretas-já", "eu quero votar para presidente". Isso no período da ditadura militar, quando os movimentos sociais começavam a se rearticular para a instituição de uma democracia. O Clube sanou suas finanças e venceu duas edições do campeonato Paulista, mas o movimento desfaleceu com a ausência de resultados a partir de 84.
       O grande mérito estava na vanguarda do movimento diante de um quadro reconhecidamente desfavorável. Wlademir, Sócrates e Casagrande integraram a Seleção e se tornaram celebridades. A Itália os recebeu por algum tempo onde não alcançaram o mesmo resultado.
       Sócrates e Casagrande seguiram como médico e comentarista esportivo da Rede Globo... O histórico de problemas disciplinares de Casagrande o acompanhava enquanto o Doutor, o Magrão, alcançava os 110 kg. Álcool e drogas os trouxeram novamente às manchetes. Internamentos, coma, acidente e um possível transplante de Figado ante a Cirrose nos deixam apreensivos.
       A Ditadura impunha suas leis e sua ordem enquanto a aspirada Democracia nos daria Direito de escolha e uma vida mais Feliz!
       Ao menos o direito de Agir e Arcar com a Consequência de nossos Atos!

Crônicas de Thadeus Palka - VENCEDOR E PERDEDOR

VENCEDOR E PERDEDOR

(*) – Thadeus Palka.

              O melhor, portanto, é trocar o verbo; ao invés de querer é poder, dizermos apenas fazer é poder. Este é o verbo do verdadeiro vencedor.
              Ao falar em vencedor, logo temos a imagem de alguém muito competitivo, sem ética e invariavelmente solitário.
              Na verdade, vencedor é a pessoa que consegue atingir os seus objetivos. Mais do que vencer os outros, ele vence as suas próprias fraquezas, inseguranças e inabilidades. O vencedor sabe que a derrota é uma possibilidade e se prepara adequadamente para que ela não aconteça. Apesar disso, concentra sua atenção em alcançar suas metas, e não em evitar as derrotas. A postura diante da possibilidade da derrota é um dos principais aspectos que diferenciam um vencedor de um perdedor.
              Perante a derrota o perdedor tem duas atitudes básicas: o menosprezo e o pessimismo. O perdedor que menospreza a hipótese da derrota dá pouca importância ao adversário e não tem consciência de suas limitações. Por isso freqüentemente é pego de surpresa. A segunda atitude é o pessimismo. Nesse caso, a pessoa acredita que nasceu marcada para perder. Entra nas disputas já preparando uma desculpa para a derrota. No campo profissional costuma aceitar os desafios de má vontade, com o único propósito de provas, ao final que tudo ia dar errado. Como o perdedor não aceita em si, nem em sua capacidade de assumir sua própria responsabilidade.
             O perdedor vive como um pedinte. Pede amor, compreensão, piedade e, quando não recebe, julga os outros injustos por negarem o que ele queria. O perdedor se satisfaz em apenas começar uma tarefa. Se ele telefona para alguém e o número está ocupado, não liga novamente. Não procura na lista telefônica um número alternativo, não busca outro meio de fazer a tarefa que depende, em princípio, daquele telefonema.
              O perdedor está muito mais preocupado em explicar porque ele não consegue fazer do que em completar seu trabalho. Mantém uma estrutura perdedora em sua volta. As pessoas a quem ele se associa, sua casa, tudo cheira fracasso. É desorganizado e sem método. É um especialista

Artigos de Edson Tavares - Bioética e Biotecnologia

Senhor Presidente, Dr. Fahed. Prezados confrades. Amigos aqui presentes...

É com grande satisfação e também com incomensurável responsabilidade que apresento este tema para discussão. Caro confrade Leonardo  Prota, perdoe-me a ousadia em abordar o assunto que a pouco tempo o assistimos tão profundamente apresentar.
Tentarei discorrer particularmente com os olhos voltados para as questões relacionadas ao Projeto Genoma humano e suas relações práticas com a sociedade.
Em momentos históricos anteriores tivemos como assuntos predominantes ideologias, guerras, poder econômico, religião, movimentos políticos e sociais. Mas este naturalmente é o momento da biotecnologia. A expectativa humana em alcançar qualidade de vida superior e longevidade que tendesse ao eterno alavancou  a pesquisa, suportada por forte incentivo do capital e da mídia.
Desde o início das grandes revoluções científicas do século XX a bioética esteve presente. Perder a luta por corações e mentes poderia inviabilizar o progresso da ciência. Aproximadamente 3% dos valores investidos foram direcionados à bioética que buscava manter-se laica, embora em  seus primórdios fosse fortemente influenciada pelo pensamento religioso.
A bioética surge da necessidade de se posicionar diante dos avanços ocorridos dentro dos laboratórios e saber se posicionar e, eventualmente, influir nos rumos deste processos irreversível.
Naturalmente, nenhuma ciência sozinha é capaz de um  diagnóstico adequado, assim como nenhuma ciência é capaz de encontrar solução para problemas tão novos e tão complexos...
Se a liberdade religiosa e o pluralismo

Poesias de Mara Prates - QUERO e AMIZADE


Quero ser sua admiradora
Sempre te vi como uma heroína
E essa imagem não pode se desfazer
Assim como a tempestade
Quero que saiba que nunca mudará
Você nunca deixará de ser minha heroína
Tudo que acontecer em nossas vidas
Nada mudará meu amor por você
Quero chegar em casa e te ver
A minha espera
Quero te ver sorrindo para mim
Quero te ver na imensidão de seu carinho
Se abrir para o amor que sinto
Quero te ver com os olhos sonolentos
Dizendo “boa noite, durma com.
Os anjos, minha filhinha”.                   


                                 Mara Prates



Amigos são aquele que nos encanta a vida
Mesmo nos momentos de angustia
Imenso é o coração de um amigo
Zela de nós como de si mesmo
Amizade são raras, nos nossos dias
Dedica muito da sua vida ao outro e
Estão sempre prontos a nos ouvir.

                                        Mara Prates

Antologia de Poesias, Contos e Crônicas Nossa História, Nossos Autores

Antologia de Poesias, Contos e Crônicas
Nossa História, Nossos Autores

Edição Comemorativa dos 30 Anos da Scortecci
Últimas Vagas ou a Data Limite de 30 de novembro de 2011 para participar da Antologia Nossa História, Nossos Autores - Edição Comemorativa dos 30 anos da Scortecci.
Características da obra (Dois volumes)
Formato 14 x 20,7 cm, capa 4 cores (papel supremo 250 gramas), miolo papel 75 gramas offset branco, com ISBN e Ficha Catalográfica.
A antologia será editada em ordem alfabética por nome de Autor, que poderá usar ou não nome literário. O tema é livre. Não há obrigatoriedade de ser inédito. Não é concurso e todos os participantes terão seus trabalhos publicados.
Poderão participar escritores residentes ou não no Brasil. Os trabalhos deverão ser em língua portuguesa (de acordo com a nova ortografia), o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto.
O Autor poderá participar com poesias, contos e crônicas, desde que o número de páginas não ultrapasse o limite máximo de 4 (quatro) páginas. O número mínimo é de 2 (duas) páginas. Na página de abertura de identificação de cada Autor constará uma mini-biografia de no máximo 8 (oito) linhas, com aproximadamente 500 caracteres.

Regulamento: AQUI

Ficha de Inscrição: AQUI

A antologia será lançada em São Paulo, capital, no mês de agosto de 2012, no estande da Scortecci, durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Mais informações:
scortecci30anos@scortecci.com.br
Telefones: (11) 3032.1179
www.scortecci.com.br

Poesias de Braz Miranda de Sá - Meditações

MEDITAÇÃO

Terra girando no espaço!
Astros todos no infinito!
Oceano profundo!
Céu aberto, sol muito além,
Iluminando o mundo!
Árvores, flores num sorriso...
Brisa Mansa refrescando o rosto!
Calado, fico imaginando...
Quanta coisa bonita!
Na admiração, medito...
No questionamento, reflito...
Quem criou esse paraíso?
Concluo, nos sentidos meus:
Quem fez tudo isso,


QUE SERÁ

Do planeta em que habitamos?
Desta terra tão bonita?
Que tem o céu em festa,
Oceanos, rios, montes e florestas?
Que adotou-nos, filhos seus?
O homem que se diz racional,
Evoluiu com seu instinto animal.
Fez crescer sua arrogância...
Achou que, enriquecendo, teria nobreza.
E para atingir o objetivo,
Com tamanha ganância,
Explorou o povo nativo.
Deixou o caboclo na pobreza,
Derrubou as florestas,
Devastou a natureza,
Contaminou os mares,
Poluiu a atmosfera
E mandou tudo pros ares.
Hoje, vendo as grandes conquistas,
Que percorreram o espaço,
Na ânsia da evolução,
O homem caiu no fracasso,
Sem prestar atenção.
E a terra maravilhosa,
Vestida de matas frondosas,
Está ficando deserta...
O que será da vida futura,
Se continuar nessa aventura?
“Homo sapiens”, vê se desperta!

Braz Miranda de Sá

Poesia de João Vieira Jr - A Medida do Homem de Bem 03/2009

A grandeza de um homem não se mede somente por suas vitórias
Se mede, principalmente, por suas batalhas, suas derrotas
E, especialmente, como foi derrotado
Se por seus defeitos
Ou por suas virtudes
Se por seu passado
Ou por seu presente
Se por seus interesses
Ou pelo dos outros
Se pelo que faria
Ou pelo não faria
Ou deixaria fazer
Há de se medir, esta grandeza, pela incondicional entrega
Pelo altruísta tempo ao bem comum
Diferente do comum bem a se desejar
Pelo prazer de se ter o que governar
Sem democraticamente dividir
O lhe foi confiado angariar
Então se mede este homem
Pela alegria que se tem na vitória
Não por ter vencido
Mas, por saber que poderá executar o que de bom pode se fazer
Então se mede este homem
Pela tristeza que o abate na derrota
Não por ter perdido
Mas que, verdadeiramente, sabe
Que o seu bom não será executado
Mesmo sendo melhor que o vitoriado
E ao homem medido
Pesado e valorizado
Dá-se como medida
A falta que fará na sua ausência
E a lembrança do que poderia ter sido na sua presença !
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Lançamento do Livro do Escritor Thiago Augusto Zardo

A República do Eldorado.
(Thiago Augusto Zardo)


Sob o domínio de Hitler, o exército alemão avançava pelo continente europeu destruindo e conquistando vários países. O ditador já havia tomado quase toda parte central e ocidental da Europa. Milhões de judeus foram perseguidos. 


No mesmo ano, do outro lado do planeta, em meio a uma imensa floresta de araucárias localizada no norte do estado do Paraná, um alemão chamado Enri Stalk abria com foice e facão uma picada na mata fechada  para chegar ao lugar escolhido para implantar a República do Eldorado.
Link da Editora Scortecci 


Dia 11/11 as 19Horas , na Livraria do Shopping Centro Norte, em Apucarana, o escritor Thiago Augusto Zardo, lança seu mais recente livro.


A Academia sente-se enaltecida pelo convite e o estende à todos os seus Acadêmicos e seguidores.

Crônicas de Thadeus Palka - VALORES HUMANOS: HONESTIDADE

VALORES HUMANOS: HONESTIDADE
(*) – Thadeus Palka
           “A honestidade é capacidade única dos seres racionais. Só o ser humano pode ser honesto ou desonesto, atribuir um juízo ético às suas ações”, e “O homem honesto é aquele que almeja não apenas a felicidade dos filhos, mas o bem da nação, de toda humanidade. Tem uma visão pública que passa por cima dos interesses mais comezinhos. Rege a si mesmo por imperativos mais nobres e amplos”, como bem explica Flávia Piovesan, Professora de Mestrado em Direito da PUC-SP e PR.
Cabe a cada cidadão ter em mente que ser honesto é um dever a ser cultuado desde o primeiro e até o último dia de sua vida como pessoa consciente de seus atos.
O oitavo mandamento divino é suficientemente claro: “Não furtarás”. Como se pode dizer é curto e grosso. Não são necessárias muitas palavras para esclarecer sobre a conduta reta que se deve pautar para ter uma vida digna e regrada diante de seus semelhantes, porque está implícito que o ser humano não gosta de ser tapeado ou enganado em qualquer tipo de negociação que esteja envolvido ou participado. É uma violência moral ao caráter daquele que acredita na boa fé do outro.
             Por mais que se façam leis que venham coibir atos ilícitos, ainda assim os cidadãos se valem de artimanhas escusas, visando beneficiar-se ou tirar vantagens de maneira sub-reptícia em qualquer atividade profissional, pública e comercial, procurando sempre tirar proveito de toda sorte.
Valores como honestidade, probidade e integridade são tão importantes para as pessoas que fazem do marketing institucional das empresas ou entidades, no entanto, alguns ainda não buscaram dentro de si que esses valores devem estar intrinsecamente colocados em primeiro plano para mudanças de atitudes.
Quais são as vantagens de alguém querer “passar outro para trás” certamente nenhuma, com certeza fará uma vez só, mas nunca definidamente porque a desonestidade e a mentira têm pernas curtas e mais ou menos dias quem é useiro e vezeiro acaba infringindo a norma moral e, fatalmente, estará se expondo à execração pública e, daí, talvez, sem possibilidades de se emendar do mal que praticou em benefício próprio ou a mando de alguém.
Vale a pena ser honesto como exemplo para as gerações futuras.  
Muitos vaticinam que ser honesto é ser trouxa ou ignorante, na verdade, equivocam-se redondamente e não deixa de ser um grande erro quem assim pensa e age.
           A honestidade tem um custo muito alto de valorização e de respeito ao outro. A honestidade é o selo pessoal que todos devem trazer para a posteridade porque honra e dignifica o ser humano.
A prática da honestidade vem do berço porque exige assídua aprendizagem e convivência durante a vida toda com a construção de personalidades justas, responsáveis e dignas de inteira confiança.
          Convivendo com a honestidade todos devem manifestar, demonstrar e provar que é o caminho efetivo para um mundo melhor e fraterno.
É uma questão unicamente de caráter na formação de cada um. Perder a credibilidade é expor-se ao ostracismo e viver como um pária da sociedade. Vale a pena ser honesto, ter a cara limpa, andar de cabeça erguida pelas ruas da cidade e ser bem recebido nos meios em que convive.
Em sã consciência é impossível admitir a quem quer que seja ignorar que está sendo honesto na prática de um ato condenável perante a sociedade e a si mesmo, quando está visceralmente equivocado por essa deslealdade proposital e enganadora e que não é factível e aceitável conceber essa atitude inconveniente por qualquer maneira ou por quem quer que seja.
            A honestidade é o alicerce dos grandes homens. Ser honesto pode ser uma utopia para os dias de hoje, no entanto, o que vale é a intenção de chamar à atenção de todos para esse valor humano tão importante e que é relegado a plano secundário ou até ignorado.



(*) – Advogado e ex-professor da FECEA – Apucarana (PR).
Academia: 8.11.2011

Artigos de Leonardo Prota - Educação em Tempo Integral - Um sonho a Realizar

EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL - UM SONHO A REALIZAR-

                                                                                              Leonardo Prota

            O lançamento do livro “Literatura no Ensino Fundamental: da teoria às práticas em sala de aula”, de autoria da Acadêmica Profa. Leny Fernandes Zulim, oferece-nos a oportunidade de uma reflexão sobre a Educação, não tanto com relação ao livro citado, que recebeu merecidos elogios durante a solenidade do lançamento e que chega em boa hora, em benefício do Ensino Fundamental, mas para salientar um dado muito importante, às vezes olvidado.
            Uma vez mais, lamenta-se o resultado desanimador da avaliação do desempenho escolar no ensino fundamental.
            Entre as várias explicações do baixo nível de rendimento no processo educacional aponta-se o pouco tempo de permanência diária na escola; a jornada escolar é insuficiente para alcançar resultados satisfatórios na procura de qualidade na educação. Diante dessa constatação, imitando outros países que alcançaram resultados invejáveis ao terem ampliado a extensão da jornada escolar, está se multiplicando, no Brasil, a adesão à chamada Educação em tempo integral.
            É nosso propósito, neste momento, apresentar pontos de reflexão a respeito dos elementos essenciais que possibilitem a adequada ampliação do tempo de permanência tendo em vista a educação em tempo integral.
            Em outra oportunidade, salientamos que a criança aprende mecanicamente; ela domina o código da leitura, mas não a significação. Durante muito tempo, no Brasil, acreditou-se que ser alfabetizado seria dominar signos. A criança lê as letras, repete mecanicamente, mas não compreende a idéia; é preciso aprender com significação. A criança aprende de verdade quando é

Crônicas de Thadeus Palka - Apucarana – Centro Norte Do Paraná

                        APUCARANA – CENTRO NORTE DO PARANÁ?

(*)-Thadeus Palka

            Sou apucaranense desde 1944, vim para cá com 9 anos, considerando-me um dos pioneiros desta pujante cidade, pois recebi homenagens nas diversas datas de aniversário da cidade, portanto vivenciando todos os problemas desta bela e acolhedora cidade.
            Naquela época Apucarana era o final da estrada de ferro – único e rápido meio de transporte da época - onde todos os aventureiros tinham suas paradas para, depois, seguirem suas jornadas para cidades mais distantes.
            Em Apucarana por volta de 1964 foi criada a primeira Faculdade de Economia do Norte do Paraná, logo depois a Universidade Estadual de Londrina e de Maringá, portanto, na região a nossa FECEA é pioneira.
            Apucarana fica entre Londrina e Maringá, quando se esperava que viesse a ser uma verdadeira metrópole a exemplo dessas duas cidades.
            Excelentes e gabaritados profissionais vindos, principalmente, de Curitiba (Pr) – médicos, engenheiros, dentistas, advogados, professores, veterinários, comerciantes e etc. –, foram verdadeiros abnegados e desbravadores e aqui se instalaram para fazerem suas vidas. Depois de certo tempo muitos deles voltaram para suas origens e muitos deles aqui permaneceram.
            Pela sua posição geográfica Apucarana é privilegiada pela estrada rodoviária e ferroviária que liga Apucarana-Curitiba-Paranaguá; é dotada do melhor clima da região; é considerada a Capital do Vale do Ivaí e do Boné; é sede de Bispado, e tem tudo para projetar-se  como uma das principais cidades do Paraná, pois conta com mais de 120.000 habitantes, tem 3 faculdades, escola profissionalizante extensão da Universidade Federal do Paraná, conta uma das melhores APAEs do Brasil em moderníssimas instalações; muitos colégios de alta qualificação; existem muitos supermercados e o excelente Hospital da Providência que é referência na região; é consideração a cidade educação do Brasil; o conceituado jornal “Tribuna do Norte” com grande penetração regional e mais o “Radar”, obviamente, constam outras grandes realizações.
            No entanto, não contamos com nenhum representante de nossa cidade na Assembléia Legislativa do Paraná e nem na Câmara Federal, em épocas passadas já tivemos excelentes apucaranenses.
             Cogitou-se formar o Projeto Metronor – Metrópole Linear do Norte do Paraná, por volta de l980, que abrangeria uma interligação entre Londrina e Maringá, com plano fabuloso para desenvolver a região, prevendo-se a interligação das cidades que se encontram nessa faixa, como acontece com o ABCD da região de São Paulo.
             Contamos com dois hospitais, onde funciona o SUS e o Hospital da Providência, este muito bem aparelhado e conta com excelente e capacitado corpo clínico; contávamos com duas cooperativas uma agropecuária e outra de leite; foi desatinava uma Faculdade de Filosofia, que funcionava no Colégio Glorinha, e outros empreendimentos de relativo porte que fazem falta para o nosso desenvolvimento.
             As eleições aproximam-se nos anos vindouros e é o momento de a sociedade política aglutinar-se em torno de pessoas comprometidas com a cidade de tal forma que tenhamos dignos representantes para o nosso município e de colocá-lo no lugar que ele merece; sem dúvida existem pessoas que podem desempenhar essa tarefa condignamente e de mostrarem a cara diante do eleitorado e que reúnem todas as condições para tornar o nosso município à altura dos demais da região.                                                       
             É hora de as lideranças vivas, inteligentes e interessadas por Apucarana tomarem uma posição firme e estarem convictas de que Apucarana tudo pode e ser o ponto mais destacado no mapa do Paraná.. Precisam ter coragem e altivez porque há gente competente e capaz que podem realizar um trabalho profícuo que resulte em progresso para a região, deixando de lado suas vaidades e caprichos pessoais e de mãos dadas objetivando um fim comum que é o progresso de nosso riquíssimo município.

(*)-Advogado e ex-professor da FECEA de Apucarana (PR).

Livro Prof Braz - Vale do Ivaí

APRESENTAÇÃO

Três Poetas assim se expressaram ao se referirem à sua terra: Gonçalves Dias, o poeta dos versos, em 1843, em sua “Canção do Exílio”, suplicou: “Minha terra tem palmeiras... Não permita Deus que eu morra, sem que volte para lá!” José de Alencar, o poeta da prosa, em 1865, em seu “Iracema”, nos descreveu: “Verdes mares bravios da minha terra natal onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba”. E o terceiro – BRAZ MIRANDA DE SÁ - um poeta “pé-vermelho”, radicado nesta terra, de longa data, fez da prosa uma poesia e nos brinda com sua obra-maior “Vale do Ivaí”, lançada em sua primeira Edição em 1987.

O “Professor Braz” deixa sua emoção e sensibilidade aflorarem, transmitindo-nos a lembrança, o sabor e a saudade de uma época bonita, a época dos desbravadores – bravos e destemidos irmãos de todas as partes do Brasil e do mundo – que, vindo, aqui se fixaram para fazerem desta terra a sua terra, e deste chão o seu universo, onde pudessem, viver, sonhar... criar sua prole e serem felizes, na luta árdua do labor diuturno.

A obra está repleta de relatos de ações do dia-a-dia, sem se importar com quem as praticou, mostrando que o que aconteceu ao Pedro, poderia ter acontecido com o José e que a Maria não é mais feliz ou infeliz que a Joana, pois tudo o que uma viveu... se a outra não viveu, bem que poderia ter vivido... É uma história sem personagens, datas, ou lugares... é, por conseguinte, universal... Todos a poderíamos contar, dizendo algo assim: “Sabe, teve um vez, que eu... lá na minha terra... nem me lembro quando...”

E o relato, em forma de poesia, mostra que ninguém é dono da história... felizmente! Graças a Deus, para que ninguém se sinta menos agente ou sujeito da história deste rico quinhão que Deus plantou no Norte do Paraná; ou que esteja privado de passar pelas alegrias, peripécias, lutas, dificuldades, vitórias e realização do seu sonho: o sonho maior de ter vindo, se assentado, vivido e vencido e, ao final do contrato da vida, deixar a vez aos seus rebentos para que embatam novas lutas e obtenham suas vitórias...

A obra é assim: teve um início... entrementes... não um fim.

Artur Palú Filho


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Livro Prof Braz - Lembranças

Depois de aproximadamente quarenta e cinco anos, visitando São José do Rio Preto, vieram à tona “LEMBRANÇAS” que minha saudade acaba de fotografar nesta obra.

Quero dedicá-la aos leitores, especialmente ao povo da inesquecível e promissora Potirendaba e da saudosa e progressiva São José do Rio Preto.

A todos, minha cordial saudação.

Braz Miranda de Sá

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Crônicas de Edson Tavares - .......... ?????? Ah, tá!

.......... ?????? Ah, tá!

E foram abalados os alicerces do capitalismo. A auto-regulação do mercado, viga mestra do sistema econômico ruiu. O dólar já era e a recessão, a inflação e a desconfiança mostraram suas garras.

Uma antiga e singela definição de shopping dizia: é o local onde você encontra muitas coisas que precisava e nem sabia. E assim caminha a humanidade. Estimulando o consumo e medindo crescimento através de números que demonstram que as pessoas estão comprando mais.

O sinal de alerta sempre soa quando não aumentamos os percentuais de vendas e consumo em relação ao mês anterior, ao mesmo período do ano passado ou quem sabe em relação aos outros países.

Compramos celulares que não precisamos e transformamos em lixo equipamentos que foram subutilizados. O videocassete virou peça de museu sem que conseguíssemos gravar um único filme. Alguém se lembra de ter comprado uma caneta e esgotado sua tinta? Dificilmente.

E a mola propulsora deste sistema econômico está fadada ao caos, pois, em algum momento, teremos que prestar contas ao mundo real. O Brasil tem demonstrado níveis consideráveis de crescimento nos últimos anos. Tais números podem ser evidenciados nos televisores, computadores, celulares, motos e principalmente carros que foram vendidos. Mas a que custo? Permita-me uma análise um pouco diferente dos fatos.

Grande parte do dinheiro circulante vem do crédito consignado que atrela salários, aposentadorias e pensões a débitos futuros. Endividamos trabalhadores e inativos e não necessariamente geramos renda. Consórcios e crediários esticaram os prazos e venderam mais, muito mais...

O crédito facilita as compras, mas os juros geralmente são assustadores. Nossa capacidade de produção, armazenamento e transporte são limitados então, precisamos estabelecer e seguir metas. Caso contrário o dragão da inflação pode deixar sua toca.

Naturalmente quando comprometemos valores que ainda não possuímos necessitamos utilizar nosso “tempo” na aquisição deste dinheiro.

E o tempo é uma variável que não podemos controlar. Não existe banco no mundo que possa aplicar meu tempo, pagar algum juro por ele ou quem sabe, oferecê-lo a alguma outra pessoa ao custo de algum juro composto.

Quanto mais devemos menos tempo temos para aquelas coisas que realmente são importantes na vida. Algum matemático haverá de calcular quanto nos sobra para viver depois de deduzir a parcela do governo com sua fome voraz de impostos, da escola, farmácia, mercado... Certamente algumas contas nos aprisionam, mas podem ser consideradas inerentes ao existir. Outras nos são impostas pela mídia e pela modernidade. Se devo tenho que trabalhar. Gasto “meu tempo” que é tudo o que tenho. E não posso jogar futebol, soltar pipa com o Leonardo, pescar com meus irmãos ou passear com meus pais.

Mas como tenho conseguido não me endividar, é assim que vou gastar meu TEMPO.

Edson Tavares

Artigos de Fahed Daher - O Respeito ao Pavilhão Nacional

O Respeito ao Pavilhão Nacional                                                                
                                                                                       
Não sei mais qual a importância da Bandeira Brasileira como símbolo da nacionalidade e exaltação do patriotismo, se é que a nacionalidade e o patriotismo têm ainda alguma razão para existir, diante da globalização.

Ainda no caso de |Brasil, diante da invasão das línguas estrangeiras, especialmente a inglesa, de cujo país vivemos sob a influência desde a vinda de Dom João VI, substituída agora, pelos Estados Unidos.
Para os que não entendem o valor do simbolismo da bandeira pergunto, aos religiosos, por que estatuetas e imagens nos templos?

Aos jovens que tem amor à família, porque as fotos dos pais e avós?

Ontem, em uma loja encontrei jovens manuseando uma bandeira brasileira, emoldurada de faixa vermelha.

Perguntei ao atendente da loja, brasileiro, se entendia que estava fazendo ultraje à nacionalidade

Contos de Braz Miranda de Sá - Violência

Violência 

Qual a finalidade do homem no mundo? Para que o homem foi criado?
Com certeza, se perguntarmos a qualquer pessoa; se consultarmos qualquer sociólogo; se procurarmos na literatura; ou se pesquisarmos na Bíblia, veremos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, para habitar, povoar a terra e, sobretudo, para viver em harmonia com as outras pessoas e com. a natureza e, ainda, e sobremaneira, para ser feliz e VIVER EM PAZ.

* PAZ COM DEUS;
* PAZ COM A NATUREZA;
* PAZ ENTRE OS HOMENS.

Existe, no entanto, um provérbio alemão que diz: "Nós só vivemos em paz, se nossos vizinhos nos deixam viver em paz.”
Devemos, no entanto, ir mais longe, pois nem sempre são os vizinhos que nos impedem a paz. Muitas vezes, sofremos por ações de pessoas a quem nunca vimos, a quem nunca fizemos mal, a quem nunca demos motivos para que nos queiram agredir.
E sofremos, e experimentamos os efeitos da violência. Violência esta, muitas vezes, gratuita.
E aí nos perguntamos: "Mas por quê?" "Que foi que eu fiz para merecer esta violência toda?" "Por que logo comigo?" E muitas vezes, não encontramos respostas que nos satisfaçam, que nos consolem. Não encontramos as respostas que justifiquem tanta violência.
Mas... E o que é violência?
Poderíamos afirmar que é a desobediência às leis divinas e humanas; uma agressão, um desrespeito, um ato brutal contra a vida, a moral e a ética. ...

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Contos de Braz Miranda de Sá - Festa no Reino

Festa no Reino (Sátira Política)

A bicharada ia-se reunindo, pouco a pouco, para uma grande festa, na casa do Leão, do Ministério da Fazenda, em comemoração ao seu aniversário.
Cada animal, em seu traje típico, aproximava-se do recinto, com certa desconfiança.
Entre eles transparecia uma cordialidade fingida; no íntimo uma hipocrisia desconcertante.
Tímidos, sabiam que, no Reino Animal havia enorme corrupção, começando pelo Leão que abocanhava o Imposto de Renda.
Cautelosos não faziam comentários; ninguém queria “colocar o seu ... na reta”, ou “botar sua cabeça a prêmio”.
Estavam ali presentes as celebridades: o Presidente Leopardo; o Senador Urso; o Gato Conselheiro; a Raposa do INSS (Instituto Nacional da Sociedade Silvestre); a Hiena, Prefeita do Arraial das Lebres; o Lobo do Banco Central; o Chacal, Ministro da Saúde; o Pavão, Ministro da Educação; os famosos advogados Dobermann e Rottweiler, daquele fundo monetário estrangeiro; o Senador Sapo e muitas outras autoridades eminentes, todas cúmplices das falcatruas, ou coniventes na gatunagem.
Os ilustres convidados acomodavam-se nos lugares indicados pelo protocolo, e, lá embaixo, no salão, ficava a bicharada, “o zé-povinho”.
Naquele dia, o Leão não fazia distinção, pois comemorava-se o seu aniversário; além disso aproximava-se a campanha política.
A festança era de arromba e acontecia à tarde, horário bom para que, depois, a bicharada fosse embora mais cedo, antes do anoitecer.
Os discursos eram prolongados e enfadonhos.
Num dado momento o Leão usou da palavra e começou sua fala:
“Hoje, tudo é festa no Reino Animal.
Quero lembrar que vim lá da África, ainda pequeno; cresci e naturalizei-me neste Reino.
Por minha força e coragem, meti-me na política e agora sou do Ministério da Fazenda, no governo de sua Excelência, o Leopardo.
Ajudei a fazer dessa democracia uma grande corrupção e coloquei na penúria a bicharada, com o Imposto de Renda.
Vocês não acham isso maravilhoso?” ...

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Contos de Braz Miranda de Sá - Amor sem Fronteiras

Amor sem Fronteiras

Alvoroço na fazenda!

O boato espalhou-se ligeiro na vizinhança.

A curiosidade tomou conta de todos, principalmente das mulheres que se apressavam para ver o prodígio. Durante a noite o corre-corre das parteiras foi agitado. Na colônia ninguém comentava outra coisa, a não ser o nascimento de uma criança que veio a lume no dia 24 de margo de 1947 - era um bebe sadio. As horas correram, o sol apontou radiante, e os pássaros cantavam alegremente, fazendo festa para saudar aquele feliz acontecimento. No decorrer do dia as pessoas iam chegando, para ver aquele menino bonito, robusto de olhinhos verdes,

- Ah! Que gracinha, coisinha linda, exclamavam todos, com admiração.

O casal Cielsiski não se continha de tanta felicidade - era o primeiro filho...

As indagações foram muitas; queriam saber o nome do bebe.

- Vai se chamar Aldo, comentou o pai, com alegria.

- Sabem, meu filho vai ser o esteio da família, afirmava ele, com certeza.

O tempo passou ...

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Crônicas de Braz Miranda de Sá - “É AKI KI NÓIS BEBE”

“É AKI KI NÓIS BEBE” 

Era um desses dias quentíssimos, entrei num bar, numa cidade do interior de São Paulo, para tomar refrigerante.
Assentei-me num banquinho, ao lado do balcão, ergui os olhos em direção à parede e vi uma plaquinha, muito bem escrita, com os dizeres, entalhados na madeira.
“É aki ki nóis bebe”.
Fiquei admirado com aqueles signos linguísticos, pois eu entendera bem o significado, embora a ortografia e a concordância estivessem às avessas.
Curiosamente comecei a observar as pessoas que entravam e saíam.
O bar era sortido de variadíssimas espécies de bebidas, desde a cachaça com raízes, até os mais sofisticados whiskies.
Coisa incrível, ali não havia distinção de classe social, e todos compareciam para tomar seu aperitivo, batendo papo descontraído, dialogando sobre política, discutindo futebol, contando piadas engraçadas.
Fiquei imaginando, como um dono de bar, semi-analfabeto, conseguia reunir pessoas de todos os níveis, inclusive intelectuais, que também frequentavam aquele recinto. Encucou-me uma coisa:
“É aki ki nóis bebe”.
Seria esta simples frase, mal escrita, o motivo de tanta influência e amizade?
Anotei-a e a coloquei no bolso.
Que legal! Passei a gostar da idéia.
Observei a alegria transitória no rosto de cada um que ali chegava.
Durante minha permanência em Rio Claro, não deixei de frequentar aquele bar, atraído pela frase.
Fiz novas amizades e “entrei na deles”, como diziam.
Que experiência fantástica!
Quando regressei à minha cidade, trouxe uma grata recordação.
Nunca mais me esqueci desse fato.
Ainda não consegui entender, na psicologia de grupo, como pode acontecer entrosamento, entre pessoas desconhecidas, por um simples signo linguístico, desafiando as teorias culturais antropológicas e a sociologia.
Sei, apenas, que todos entendiam a mensagem: “CONFRATERNIZAÇÃO” e “AMIZADE”, num encontro singelo, num bar, nas horas de folga, nos feriados, aos sábados, aos domingos.
E ali havia uma concreta motivação:
“É AKI KI NÓIS BEBE”.
                                                                                                                               
Braz Miranda de Sá - dezembro de 2000

Noite de Autógrafos.


Dia 19 de outubro, a partir das 19h30min no anfiteatro da FAFIJAN, em Jandaia do Sul.



Fotos do Evento



Crônicas de Thadeus Palka - Sacudindo a Terra

Sacudindo a Terra

            O quer dizer sacudir a terra. Nada mais do que saber sair das situações difíceis e aflitivas de nossa vida. Por vezes, quantas e quantas incertezas surgem na vida de todos que se julgam insolúveis e causando problemas até irreversíveis pela incapacidade de resolvê-las de um modo mais simples e adequado.
            Afirmam os estudiosos que inexistem problemas insolúveis e tudo vai depender da ótica que esses problemas são encarados e resolvidos pelas pessoas.
            Podem-se mostrar caminhos que devem ser pautados por todos e ter a calma necessária para entender que tudo é possível e entender que a solução de um problema será diferenciada de pessoa para pessoa.        
            Para verificar que são possíveis soluções de qualquer tipo de dúvidas e situações intrincadas e, para isso, aproveitando o espírito da mensagem via internet que é a seguinte:
            “Um cavalo caiu numa vala e não chegou a se ferir, no entanto, não tinha como sair por sua conta.
            Debateu-se de todas as forças e nada conseguiu e suas forças estavam já exauridas.
            Seu proprietário não encontrando solução para tirá-lo dessa situação difícil e mesmo porque já tinha o cavalo como velho e inservível para os trabalhos normais da propriedade. Nenhum esforço seria possível tirar o animal daquela fatalidade, então chamou seus vizinhos para aterrá-lo e também porque o poço ou a vala já estava seca e inservível.
            Assim decidido começaram a jogar terra no poço mesmo com o animal estando vivo.
            Conta a lenda que o cavalo ao perceber o que estavam fazendo com ele, ficou desesperado e chorou amargamente.
            Porém, para surpresa de todos, eis que o cavalo aquietou-se e depois de inúmeras “pazadas” de terra, o proprietário do animal olhou para o fundo do poço e teve uma surpresa qual não foi ao ver que o animal sacudindo as costas e a terra descendo a seus pés, quando então dava seus passos para cima.
            Assim, em pouco tempo todos puderam presenciar que o cavalo com seu esforço próprio conseguiu chegar até a boca do poço e sair dali trotando.”
            Que esta pequena história sirva de lição para todos que julgam que seus problemas por mais caóticos que sejam, não se possam encontrar um norte para ter uma vida feliz e alegre.
            Ninguém está livre de problemas e esses problemas podem ser solucionados com o correr do tempo. Deve-se dar tempo ao tempo para se livrar dos problemas. Como se pode dizer que o melhor amigo das pessoas é o Doutor Tempo. Todos devem ser pacientes e entender que não existem problemas que não são solúveis.
            Quantas “pazadas” de terra as pessoas levam na vida e, nem, por isso, o mundo estagnou.
            O segredo é como sair do poço e saber sacudir a terra que é despejada nas costas de cada um. O “xis” da questão é saber enfrentar cara a cara a situação porque nada é insolúvel e insondável na vida de cada um.
            Entender que cada problema é um de degrau da escada da vida que se deve superar para atingir o topo da vida com tranqüilidade e saber que é um vencedor e que nada pode afligir quem quer que seja nas suas mazelas.
            Para ser feliz e manter uma mente sã cada uma deve buscar a libertação de seu coração do ódio, simplificar a vida, dar mais e esperar menos, libertar a mente das preocupações o mais possível, amar mais e aceitar com paciência a terra que é jogada a todo o momento nas costas e sacudi-las e entender que há solução para tudo e para todos.

Thadeus Palka - Advogado e ex-professor da FECEA – Apucarana (PR).


Artigos de Edson Tavares - Ser eu mesmo

Ser eu mesmo

         “É preciso ser honesto. Acima de tudo, é preciso parecer honesto”.
         Na era da informação e da mídia soa estranha tal afirmação. Talvez seja possível nem mesmo ser tão honesto assim, mas parecer imaculado.
         Um bom marketing alveja um mensaleiro, pianista ou sanguessuga. Ah! Manter essa imagem pode custar mais que alguém tão perfeito assim possa pagar. Então, sabe-se lá...
         Quando cerveja "refresca até pensamento", Collor caça Marajá e ministro vende sentença cabe uma reflexão: Existem limites para a publicidade? É possível vender videocassete com uma boa propaganda? Vinil? Crush?
         Talvez Duda Mendonça seja capaz de transformar Maluf no ícone da ética nacional. Um modelito do Clodovil e uma esticadinha do Pitangui, uma boa maquiagem, pintura dos cabelos e pronto: Temos um herói nacional, com vassoura e tudo.
         Temos que parecer bem. E vale quase tudo. Academia, cirurgia, botox, silicone, maquiagem, água oxigenada, sutiã com enchimento... E tem até chocolate que não engorda!!! Ao menos aquela modelo linda da propaganda afirma isso.
         E como alcançamos a era da “liberdade” temos o direito de sermos nós mesmos. Devemos lutar para afirmar nossa identidade e mostrar a todos como “realmente somos”. E devemos ser aceitos como somos. Pronto! Resolvido!
         Não são poucos os que pregam esses princípios. Mas se esquecem que a convivência nos impõe alguns pequenos compromissos. Uma sociedade centrada no eu está fadada ao caos. É imperativo que nos lembremos que conviver é sim, viver com. Com as diferenças, com as sutilidades e, particularmente com “equilíbrio”.
         Embora possamos levar essa discussão a termos filosóficos a grande verdade já nos havia sido comunicada: “Conheça-te a ti mesmo”. E, a partir daí, promover as mudanças necessárias. E aceitar as limitações pertinentes. Claro! Promover adaptações, mudanças, metamorfoses...
         Orientar esse processo cabe a todos. Pais, amigos, familiares, profissionais da educação, saúde, administração e ao próprio indivíduo. Não podemos ser ou fazer alguém feliz apenas “como somos”. Mudar é belo, evolutivo, transcendental. Considerar-se pronto e acabado, mesmo não o sendo, é tentar impor a imperfeição e fugir da vocação humana da busca lúcida, emocional e prazerosa do divino.

Edson Tavares