FAMÍLIA – LUGAR SAGRADO
(*)
– Thadeus Palka
Na família estão centrados os pilares
que devem sustentar no mais alto conceito o desenvolvimento humano; justamente,
na família é que devem são lapidados os mais elevados conceitos de amor, de
paz, de alegria, de paciência, de perdão e de respeito, para que se tenha um
mundo mais acolhedor e cheio de boas esperanças.
No entanto, uma das características mais marcantes
no momento em que se vive são a inesperada rapidez e intensidade com que se
manifestam as mudanças sociais, econômicas, técnicas, políticas e etc.
Não muitos anos atrás as gerações
passavam pelo mesmo mundo sem que os costumes e hábitos sofressem sensíveis
alterações, atualmente, por uma só geração passam vários mundos.
É necessário, portanto, que todos
estejam devidamente preparados para aceitar e conviver neste ritmo acelerado e
tresloucado e, acima de tudo, cheio de conturbações e incertezas.
Deve-se entender que o falso conceito
de liberdade nunca levará à conquista da taça da liberdade.
Liberdade não é fazer tudo o que se
deseja, mas praticar com consciência tudo o que é justo e certo, porque a
liberdade vai até o ponto em que a liberdade do outro começa.
No nível familiar, os pais podem ser
considerados rudes, “quadrados”, “grossos”, incompreensíveis e até ignorantes,
mas nunca mal intencionados.
A liberdade deve ser irmã da
responsabilidade, pois se deve saber dizer no momento certo e adequado “sim,
sim” e “não, não” de maneira amadurecida e convicta e utilizando-se de um
instrumento fenomenal e que demove qualquer barreira ou montanha que possa
existir entre as pessoas senão o diálogo franco e sincero entre as partes envolvidas.
Para se atingir o fim precípuo do
diálogo é necessário acima de tudo que as partes saibam escutar o que o outro
tem a dizer.
Quem não precisa de conselhos, ou não
quer ouvir os outros ou que não precisa estar ouvindo a todo o momento está
simplesmente monologando.
Dialogar não é duelar ou impor suas
idéias por julgar a mais convincente, como muitos pensam e agem até com
autoridade e não dando a mínima oportunidade para outro expor seu ponto de vista.
O diálogo é antes de tudo saber
compreender antes de julgar e é sublime e deve ser praticado a cada momento.
É justamente no diálogo que se conhece
o outro, tais como, esposos, filhos, amigos e até inimigos para se valorizar,
compreender, estimular, dar carinho, ter paciência, aceitar as falhas e
defeitos, ouvir atentamente, e, por fim, perdoar.
Para o diálogo é preciso treinar e dispor-se
porque não é impor idéias, mas aceitar, respeitar as idéias, trocar sugestões,
reconhecer os erros e reconhecer as qualidades e falhas dos outros e ser
humilde e levando-se em conta que ninguém é perfeito e reconhecer que um é
diferente do outro.
O ponto principal e culminante do
diálogo é a compreensão e a sensibilidade e todas as arestas serão aparadas e
não haverá nem vencido e nem vencedor.
Dialogam-se com sorrisos, apertos de mão,
abraços, olhares ou pela simples expressão do rosto sabe-se da aprovação ou não
e da aceitação ou não daquilo que se realiza e se faz.
À medida que for praticado o diálogo
cada qual vai superando os obstáculos da vida para com o próximo, a si mesmo e
à família que é a pedra basilar da sociedade.
(*)-Advogado
e ex-professor da FECEA-Apucarana (PR).
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