Feita na ocasião da Investidura do Acadêmico João Vieira Jr
Estar aqui é mais que honraria. É responsabilidade ...
É fruto de meus amores de meus dissabores de minhas alegrias.
É fruto de meus sentimentos ....
Fragmentados em pequenas histórias rítmicas
Agregados de palavras ...
Motivadas
Que se unem para expor uma emoção
Estou aqui, vivo ...
e vivo estou e sou e serei por causa de algumas mulheres que me emocionaram
me apaixonei por algumas
Algumas eu ainda amo.
Outras ainda desejo
Mas, duas, em especial eu citarei,
Uma me ensinou o que é a vida
Me fez o que sou
Outra vai me mostrar como é a vida
E me contar como serei
Ambas tem o mesmo nome
Ana minha mãe
Ana minha filha
E também meu pai,
que de vez em quando me deixa ser o filho que ele queria ter ...
e meus filhos, João e Guilherme Henrique ...
e meus filhos, João e Guilherme Henrique ...
e meus queridos irmãos , irmãs e amigos especiais que tenho ...
Pois cada um deles me emociona de um jeito
E de um jeito escrevo e escreverei
Sem me esquecer das
Mulheres que amo e as que amarei
Como Mario de Andrade disse o que importa em poesia é a gente agarra-lá com unhas e dentes e sofrê-la com vitalidade. Porém, alertava que : o passado é para se refletir, não para se reproduzir.
E pode-se falar de Mário , de vários modos:
biograficamente, concisamente, detalhadamente, modernamente, falaríamos horas, dias, meses, anos e não se findaria nenhuma faceta deste revolucionário homem.
Nasceu em São Paulo em 09 de outubro de 1893.
Na rua aurora eu nasci
Na aurora da minha vida
E numa aurora cresci
Em 1917, Forma-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e em seguida lança seu primeiro livro de poemas Há uma gota de sangue em cada poema, inspirado na primeira guerra mundial em que criticava, ali, o derramamento de sangue.
Em 22, com amigos, principalmente, Oswald de Andrade, participa da Semana de Arte Moderna em São Paulo. Base do mordenismo brasileiro.
Em 1925, com o livro de ensaios "A Escrava Que Não é Isaura" afirma-se no cenário literário como um dos grandes teóricos do modernismo. Três anos depois, em Macunaíma, misto de romance, epopéia, mitologia, folclore e história, traça um perfil do brasileiro, com seus defeitos e virtudes, criando a saga do "herói sem caráter". Por volta de 1934, Mário torna-se chefe do Departamento de Cultura de São Paulo. Quatro anos depois, por motivos políticos, afasta-se do cargo e muda-se para o Rio de Janeiro, onde exerce o cargo de professor da Universidade do Distrito Federal. Lá fica pouco tempo, a forte ligação com São Paulo o fez regressar.
A Segunda Guerra Mundial parece ter afetado profundamente o poeta, que falece na tarde de 25 de fevereiro de 1945.
Além de poesia, Mário de Andrade escreveu contos e romances. Os contos mais significativos acham-se em "Belazarte" e em "Contos novos". No primeiro, a escolha do assunto predominante (o proletariado em seu problemático dia-a-dia) mostra a preocupação do autor na denúncia das desigualdades sociais. No segundo, constituído de textos esparsos reunidos em uma publicação póstuma, estão os contos mais importantes como "Peru de Natal" e "Frederico Paciência". Em seu primeiro romance, "Amar, verbo intransitivo", Mário desmascara a estrutura familiar paulistana. A história (que virou o Filme Uma Lição de Amor em 1976 dirigido por Eduardo Escorel) gira em torno de um rico industrial Souza Costa (Rogério Fróes) que contratou uma governanta Fräulein Helga (Lilian Lemmertz) para ensinar alemão aos filhos. Na verdade, essa tarefa era apenas uma fachada para a verdadeira missão de Fräulein: a iniciação sexual de Carlos (Marcos Taquechel), filho mais velho do industrial. Irene Ravache faz o papel de Laura a mãe de Carlos.
Na obra "Macunaíma", classificada na primeira edição como uma "rapsódia" (1) temos, talvez, a criação máxima de Mário de Andrade. A partir da figura de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, temos o choque do índio amazônico com a tradição e a cultura européia.
O romance pode ser assim resumido: Macunaíma nasce sem pai, na tribo dos índios Tapanhumas. Após a morte da mãe, ele e os irmãos (Maamape e Jinguê), partem em busca de aventuras. Macunaíma encontra Ci, Mãe do Mato, rainha das Icamiabas, tribo de amazonas, faz dela sua mulher e torna-se Imperador do Mato-Virgem. Ci dá à luz um filho, mas ele morre e ela também, (Ci se transforma na estrela beta do Centauro). Logo em seguida, Macunaíma perde o amuleto (muiraquitã) que ela lhe dera.
Sabendo que o amuleto está nas mãos de um mascate peruano que morava em São Paulo e que na verdade é Piaimã, o gigante antropófago, Macunaíma, acompanhado dos irmãos (Jiguê e Maanape), rumam ao seu encontro. Após inúmeras aventuras em sua caminhada, o herói recupera o amuleto, matando Piaimã.Em seguida, Macunaíma volta para o Amazonas e, após uma série de aventuras finais, sobe aos céus, transformando-se na constelação da Ursa Maior.
Sabendo que o amuleto está nas mãos de um mascate peruano que morava em São Paulo e que na verdade é Piaimã, o gigante antropófago, Macunaíma, acompanhado dos irmãos (Jiguê e Maanape), rumam ao seu encontro. Após inúmeras aventuras em sua caminhada, o herói recupera o amuleto, matando Piaimã.
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Grande Otelo (Macunaíma), Paulo José (Macunaíma), Dina Sfat (Ci), Milton Gonçalves (Jiguê), Jardel Filho (Pietro Pietra)
A excelente futura jornalista e minha amiga, Pauline, disse que sou bom com as palavras... não, elas que são boas para comigo .
E então EU aqui , apatronado por Mário, apadrinhado pelo Sr. Chiquinho, em companhias tão ilustres, artistas, poetas e amigos.
De mestres e professores. Que uns se tornaram outros e outros se tornaram uns.
Na minha infância os impertinei com minhas questões, e hoje ,com minhas locuções. É honra elevar-me à vossas estaturas, é mais que honra, é responsabilidade que aceito e orgulhosamente divido.
Não de estar aqui ... mas poder estar junto à vocês.
... satisfeito fuçando tudo
Que é dor que é alegria neste mundo.
Depois, que hei da fazer ? sou mesmo
Um sujeito desgraçado de feliz, dou risada
De mim, atarraxo os braços e
Vou pra diante
É tão grande a manhã !
É tão bom respirar
É tão gostoso gostar da vida !...
A Própria dor é uma felicidade!
Ciao,
Mário de Andrade
Obrigado !!!
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