Cadeira Número 32

Patrono João da CRUZ E SOUZA


               JOÃO DA CRUZ E SOUSA nascera no dia 24 de novembro de 1861, num pequeno lugarejo chamado Desterro, hoje a belíssima Florianópolis no Estado de Santa Catarina. Negro, filho de escravos, fora criado sob a erige militar do marechal Guilherme Xavier de Sousa, suavizada pela sensibilidade da esposa do marechal, que lhe dera o seu nome e ensinara as primeiras letras do abecedário. Com vocação nata para a escrita e enraizada em seu ser o dom poético, possuidor de grande senso de justiça, detentor de uma eloqüência impar, tornara-se líder do movimento do Simbolismo no Brasil, que iniciara em 1890 com Medeiros e Albuquerque, com a obra “canções da Decadência”.


            Cruz e Sousa sente na pele a responsabilidade de avançar com esse movimento    e cria, pois, autor é genitor e dá vida a matéria inanimada.


     Cruz e Sousa cristalizara, em 1893, o movimento em sua valiosa Obra BROQUÉIS. Nesta Obra, Cruz e Sousa, sintetizara o momento vivido no Brasil da escravatura e demonstrara sua dor, sua revolta, indo às lagrimas com o sofrimento e a humilhação que seus irmãos negros foram submetidos. Estampara fortes mensagens místicas em suas obras à busca da essência das coisas belas criadas pelo Pai Supremo, que homens desumanos as tornam feias e frias. Nessa relação, entre o belo e o feio, entre a justiça e a injustiça, o amor e a crueldade, Cruz e Sousa, transforma seus versos numa constante aflição melancólica de dor e de profundo sofrimento. Todavia, vivendo momentos de dissabores, mas fiel com suas juras e consciência em cumprir com seu dever para a permanência da paz e fraternidade equânime, criara versos com constantes citações da cor branca: luares, neves, neblinas, cristalinas, pérolas, mas ao mesmo tempo transcende para um mundo de mistério, de sonhos, de dor, de luz, do quão imaginado mundo do Éter, do obscuro e da morte.


           Nesta inconstância Vivera Cruz e Sousa, com toda sua sapiência não tivera a compreensão de seus contemporâneos, de seus irmãos. O mundo de Cruz e Sousa alojara na masmorra. Porém, como é natural àqueles escolhidos para levantar templos à tão sonhada virtude, não é qualquer intempérie mundano que os afasta de suas atitudes. Cruz e Sousa sofrera na carne o desprezo daqueles que a Divindade os coloca neste mundo para servir de instrumentos de lapidação. Mesmo com a falência de sua família, seu esteio, sua esposa morrera demente; e a morte de seus três filhos vitimas da tuberculose. Mesmo diante de tamanho infortúnio continuara a escrever e se deleitava a criar Obras em Prosa, tais como: Missal, Tropos E Fantasias, Evocações e Últimos Sonetos. Nesse livro O Último Soneto o poeta transcende a dor de ser incompreendido, perpetua a glória de ser espírito, o espírito apaziguado, a revelação da existência de outra vida, após as dores da carne, a morte.


        João da Cruz E Sousa, com o saber de uma águia escolhera um pequeno lugarejo nas verdejantes Minas Gerais, chamada de Sitio, para seus derradeiros dias, e assemelhado com o seu Soneto Piedade: “O coração de todo o ser humano/Foi concebido para ter piedade/Para olhar e sentir com caridade/Ficar mais doce o eterno desengano.” Na manhã do dia 19 de março de 1898, Cruz E Sousa, cumpri sua valiosa missão, acometido por tísico, morre. Mas, se perfaz para sempre entre nós, deixa-nos um grande e extraordinário legado literário e alguns metros de exemplos e sabedorias.




Primeira Acadêmica Mara Prates



      Professora há vinte e três anos formada em Biologia, já ocupou o cargos em escola como secretária e coordenadora. Pós-graduada em psicopedagogia. 

Cursos e Seminários que já participou: 

  • A Arte de Contar Histórias: um Instrumento para o Incentivo à Leitura; 
  • Para Formar Alunos Leitores e Produtores de Textos; 
  • Concepção de texto; 
  • Seminário de Formação e Multiplicadores e Gestão de Articuladores e Monitores; 
  • Programa de Pedagogia Empreendedora; 
  • Técnica Redacional; 
  • Revisar para Aprender a Escrever; 
  • Escrever para Aprender; 
  • Programa de Inserção da Educação Empreendedora na Rede de Ensino Municipal (instrutora); 
  • Dificuldades na Aquisição da Leitura e Escrita; 
  • Programa de Jovens Empreendedores; 
  • Contadores de Histórias; 
  • Seminário de Nacional Educação – Passaporte para o Futuro I ao VII. 
    
Teve poesias publicadas nos jornais locais: Tribuna da Cidade, Jornal do Norte, Tribuna do Norte, Radar e boletim de divulgação da Secretaria de Cultura, na Revista de Brasília onde participou dos Concursos literários nas categorias de poesias e contos tendo os seus trabalhos classificados e divulgados nas mesmas. 


Participou por três anos seguidos do Varal de Poesia promovido pelo SESC-Apucarana. 


Utiliza-se dos seus escritos nas atividades e projetos pedagógicos com sues alunos. 


Atualmente, é acadêmica do curso de Psicologia.   

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