Cadeira Número 26

Patrono MARIO Raul DE Morais ANDRADE

Nasceu em São Paulo em 09 de outubro de 1893.

“Na rua aurora eu nasci
Na aurora da minha vida
E numa aurora cresci”

          Em 1917, Forma-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e em seguida lança seu primeiro livro de poemas Há uma gota de sangue em cada poema, inspirado na primeira guerra mundial em que criticava, ali, o derramamento de sangue.

          Em 22, com amigos, principalmente, Oswald de Andrade, participa da Semana de Arte Moderna em São Paulo. Base do mordenismo brasileiro.
Em 1925, com o livro de ensaios "A Escrava Que Não é Isaura" afirma-se no cenário literário como um dos grandes teóricos do modernismo. Três anos depois, em Macunaíma, misto de romance, epopéia, mitologia, folclore e história, traça um perfil do brasileiro, com seus defeitos e virtudes, criando a saga do "herói sem caráter".


          Por volta de 1934, Mário torna-se chefe do Departamento de Cultura de São Paulo. Quatro anos depois, por motivos políticos, afasta-se do cargo e muda-se para o Rio de Janeiro, onde exerce o cargo de professor da Universidade do Distrito Federal. Lá fica pouco tempo, a forte ligação com São Paulo o fez regressar.


          A Segunda Guerra Mundial parece ter afetado profundamente o poeta, que falece na tarde de 25 de fevereiro de 1945.


          Além de poesia, Mário de Andrade escreveu contos e romances. Os contos mais significativos acham-se em "Belazarte" e em "Contos novos". No primeiro, a escolha do assunto predominante (o proletariado em seu problemático dia-a-dia) mostra a preocupação do autor na denúncia das desigualdades sociais. No segundo, constituído de textos esparsos reunidos em uma publicação póstuma, estão os contos mais importantes como "Peru de Natal" e "Frederico Paciência".


          Em seu primeiro romance, "Amar, verbo intransitivo", Mário desmascara a estrutura familiar paulistana. A história (que virou o Filme Uma Lição de Amor em 1976 dirigido por Eduardo Escorel) gira em torno de um rico industrial Souza Costa (Rogério Fróes) que contratou uma governanta Fräulein Helga (Lilian Lemmertz) para ensinar alemão aos filhos. Na verdade, essa tarefa era apenas uma fachada para a verdadeira missão de Fräulein: a iniciação sexual de Carlos (Marcos Taquechel), filho mais velho do industrial. Irene Ravache faz o papel de Laura a mãe de Carlos.


          Na obra "Macunaíma", classificada na primeira edição como uma "rapsódia" (1) temos, talvez, a criação máxima de Mário de Andrade. A partir da figura de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, temos o choque do índio amazônico com a tradição e a cultura européia.

          O romance pode ser assim resumido: Macunaíma nasce sem pai, na tribo dos índios Tapanhumas. Após a morte da mãe, ele e os irmãos (Maamape e Jinguê), partem em busca de aventuras. Macunaíma encontra Ci, Mãe do Mato, rainha das Icamiabas, tribo de amazonas, faz dela sua mulher e torna-se Imperador do Mato-Virgem. Ci dá à luz um filho, mas ele morre e ela também, (Ci se transforma na estrela beta do Centauro). Logo em seguida, Macunaíma perde o amuleto (muiraquitã) que ela lhe dera.

          Sabendo que o amuleto está nas mãos de um mascate peruano que morava em São Paulo e que na verdade é Piaimã, o gigante antropófago, Macunaíma, acompanhado dos irmãos (Jiguê e Maanape), rumam ao seu encontro. Após inúmeras aventuras em sua caminhada, o herói recupera o amuleto, matando Piaimã. Em seguida, Macunaíma volta para o Amazonas e, após uma série de aventuras finais, sobe aos céus, transformando-se na constelação da Ursa Maior.

Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Grande Otelo (Macunaíma), Paulo José (Macunaíma), Dina Sfat (Ci), Milton Gonçalves (Jiguê), Jardel Filho (Pietro Pietra)

::. Principais Obras
Poesia:
  • Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917);
  • Paulicéia Desvairada (1922);
  • Losango Cáqui (1926);
  • Clã do Jaboti (1927);
  • Remate de Males (1930);
  • Poesias (1941).
Prosa:
  • Primeiro Andar (1926);
  • Amar, Verbo Intransitivo: idílio (1927);
  • Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1928);
  • Belazarte (1934);
  • Os Filhos da Candinha (1943);
  • Contos Novos (1947).
Ensaios:
  • A Escrava que não é Isaura (1925);
  • Ensaio sobre a Música Brasileira (1928);
  • O Aleijadinho e Álvares de Azevedo (1935);
  • Namoros com a Medicina (1939);
  • O Baile das Quatro Artes (1943);
  • Aspectos da Literatura Brasileira (1943);
  • Padre Jesuíno de Monte Carmelo (1945);
  • O Empalhador de Passarinhos (1946).

Primeiro Acadêmico João Batista Vieira Jr
Nascido em 20 de agosto de 1960, em Itamogi, pequena localidade ao sul de Minas Gerais, chegou ao Paraná no ano de 1964, com irmãos, Pai e Mãe.
Até 1966 morou em Moreira Sales, onde seu pai era administrador de uma fazenda. Por conta da geada mudaram-se para Maringá e depois Londrina e em 1968 estabeleceram-se em Apucarana, onde seu pai, conhecido até os dias de hoje por João Padeiro, adquiriu a Padaria Bandeirantes, que funcionou por mais de 30 anos até sua completa destruição em um incêndio.
Alfabetizado pela esposa do fazendeiro e não tendo o que ler se atinha às bulas veterinárias e manuais agrícolas, o que lhe valeu a inclinação para sua especialidade que é a tecnologia da informação, sendo durantes anos programador e analista de sistemas de uma grande softhouse do Paraná.
Escreve desde que se lembra e apesar de passear pelos variados campos de sua profissão, nunca deixou de praticar seu maior prazer: a escrita.
Tendo inclusive ganho o apelido de Forrest Gampi, por sua vontade de contar historias, em suas listas de e-mails e blogs que tem.
Depois de alguns anos fora de Apucarana, deixou o emprego e fez vestibular para Jornalismo, depois Filosofia e atualmente Cursando História.
Divorciado, pai de 3 filhos: Ana Isabella, João Vieira Neto e Guilherme Henrique.
Foi fundador e presidente do Lions Clube Apucarana Cinqüentenário. Presidente do DADEM da FECEA, Secretário do Movimento de Cursilhos. É vice-presidente do Centro de Estudos Jus Filosóficos “Miguel Reale” da Facnopar-Faculdade Norte Novo do Paraná.
Foi Gerente Executivo da ACIA – Associação Comercial Industrial e de Serviços de Apucarana e Executivo da Fundação Cultural de Apucarana.
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