Patrono Antônio Francisco Lisboa - O ALEIJADINHO
Na cidade de Vila Rica, Minas Gerais, em 29 de agosto de 1730 nascia Antônio Francisco Lisboa, o maior escultor brasileiro. Seus pais: Francisco da Costa Lisboa e Isabel. Ele jamais saiu de sua terra natal, em busca de ensinamentos, mal sabia ler e escrever sabia algo sobre o latim através de convivência com os sacerdotes.
Gostava muito de ler a Bíblia, que inspirava seus trabalhos, aprendeu noções de desenho e arquitetura com seu próprio pai e com o desenhista e pintor João Gomes Batista. Ali iniciou então sua carreira de arquiteto e escultor, onde excedeu todos os mestres de seu tempo. Percorreu quase toda a província, quando sua fama começou a projetar-se, e deixou traços de sua passagem e de seu Gênero imortal em São João Del Rei, Congonhas do Campo e outras cidades mineiras.
Em 1777 começaram a afligi-lo os males, segundo seus biógrafos, de origem venérea ou de um mal epidêmico conhecido como zamparina, que quando não matava produzia deformidade ou paralisia. Por haver negligência no tratamento, Antônio Francisco perdeu todos os dedos dos pés, o que impossibilitou, da por diante, de caminhar, sendo obrigado a arrastar-se de joelhos. Os dedos das mãos atrofiaram-se chegando a cair. Restando-lhe apenas os polegares e os indicadores.
Antônio Francisco ficava furioso ao notar a desagradável impressão que causava nos outros. Assim mesmo alegre e jovial. Não gostava que observassem quando trabalhava. Servia-se do auxílio de um escravo africano, Maurício. O negro o acompanhava por toda parte. Era ele quem lhe adaptava os ferros e o macete às mãos imperfeitas.
Apesar de sua habilidade e dos inúmeros trabalhos que executou, o Aleijadinho viveu quase sempre m miséria. O escultor trabalhava a meia oitava de ouro por dia. Rodrigo José Ferreira Bretas, o mais antigo biógrafo de Antônio Francisco Lisboa, descreve os últimos dias num substancioso artigo, publicado em 1858 no Correio Oficial de Minas.
O Aleijadinho passara a residir num casa contígua no santuário de Nossa Senhora do Carmo, em companhia de seu escravo Justino. Por ocasião do Natal, Justino retira-se para ver a família, deixando ali seu mestre, que durante muitos dias, por descuido do discípulo, não teve o tratamento correto, então vieram mais complicação, perdendo quase toda a visão.
Depois de algum tempo se mudou definitivamente para casa de sua nora, Joana. Ficando ali até seu falecimento, dois anos depois de seus últimos trabalhos. Morreu em 18 de novembro de 1814 aos 84 anos 2 meses e 21 dias. Suas principais obras são os Doze Profetas, esculpidos em pedra sabão em Congonhas do Campo - MG.
Primeiro Acadêmico Leonidas Matheus
Nasceu a 31 de dezembro de 1951, filho de Bento José Matheus e Belizaria Ferreira, família de agricultores com quem conviveu até 1964, cidade de Ivaiporã. Teve seu primeiro ano de escola em 1965. Iniciou seu curso Ginasial em 1970 e, nos anos seguintes trabalhou em lanchonete, farmácia, no comércio e foi recenseador.
Fez curso de desenho por correspondência e, no ano de 1974 iniciou trabalho numa fábrica de carrocerias. Em 1975, foi visitar um museu de cera, onde ficou impressionado com as obras e concluiu também poder fazer algo no estilo. Retornando à oficina, em madeira de óleo-pardo, esculpiu um rosto de Cristo, que o conserva até hoje.
Em 1977 ingressou no Seminário de Apucarana cursando o colegial, iniciando após, o Curso de Filosofia na Colônia Esperança em Arapongas, onde ficou por pouco tempo. Durante o período de Seminário, realizou várias obras de escultura, inclusive nas Paróquias São Benedito em Apucarana e Santíssima Trindade em Arapongas.
Em 1984 montou a loja Arts Noveau e em 1985 trabalhou como instrutor na Guarda Mirim em Apucarana. No ano seguinte iniciou trabalho em oficina em sua residência, realizando trabalhos como escultor e marceneiro, permanecendo até hoje.
Há obras suas em várias partes do Paraná, especialmente em igrejas, tendo inclusive esculpido os Báculos dos Bispos D. Domingos Gabriel Wisniewski de Apucarana e D. Braz de Aviz, de Ponta Grossa. Há também obras nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Amazonas e São Paulo. No exterior, figura obra sua no Japão.
Grande amigo e respeitável artista Leônidas... Será um prazer receber uma apresentação de suas obras na Academia. Gostaríamos de ouví-lo e apreciar sua obra e sua arte. Aguardamos sua disponibilidade para agendarmos.
ResponderExcluirEdson Tavares