Artigos de Edson Tavares - Democracia Corintiana - Por um Palmeirense !

Democracia Corintiana - Por um Palmeirense !


       O Brasil amargava o ocaso da ditadura militar que se instalara em 64 no auge da Guerra Fria. Foram anos negros em que a constituição de 46 foi suspensa, o Presidente afastado, o Congresso dissolvido, Atos Institucionais (17 e 104 complementares) postos em prática e, entre eles, o infame AI-5. Assim o Estado Democrático de Direito foi abolido e estudantes, intelectuais e lideranças políticas contrários ao Regime foram perseguidos, exilados, combatidos e uma infinidade de militantes se tornaram desaparecidos.
       Direitos civis foram violados, a imprensa e as artes censuradas e a mídia controlada exaltando um pretenso Ufanismo e um Nacionalismo diante da ameaça Comunista.
       Embora o Milagre Brasileiro propagado pela Mídia diante de uma década de Crescimento Econômico na casa dos dois dígitos não mais alcançasse apelo popular os militares hesitavam em deixar o poder.  Diante de uma cada vez maior concentração de renda e de uma inflação galopante o desgaste era inevitável. Vários atentados se sucederam no ano de 1980 creditados a setores de Direita e Militares Linha Dura. As forças políticas se mobilizaram condenando a onda de atentados que se estabelecera.
       Os trabalhadores sindicalizados, especialmente os metalúrgicos da Região do ABC paulista, enfrentavam a ditadura em greves que ameaçavam o senso de poder e controle do Governo. Nesse ambiente surgiu a ideia de se fundar um partido que representasse os trabalhadores e, em 1980, Lula se juntou a sindicalistas, intelectuais, católicos militantes da Teologia da Libertação e artistas para formar o Partido dos Trabalhadores (PT).
       Mas a repressão continuava e os meios de comunicação eram calados ou manipulados. Neste contexto, em 1980, surgiu o movimento conhecido como Democracia Corintiana liderado pelo médico atleta Sócrates, o Brasileiro, Casagrande, Wlademir, Biro-Biro (Lero-Lero) e Zenon. Tratava-se de um movimento ideológico onde menos se esperava: no futebol, o Circo anestesiante das massas diante das agruras de uma sociedade agonizante.
       Os jogadores se organizaram e passaram a ser ouvidos pela administração do clube em assuntos importantes para a rotina do clube. Surgia um modelo de autogestão onde muitos assuntos eram decididos pelo voto dos atletas. Os tempos de Vicente Mateus ficavam para traz e os maus resultados começavam a ser esquecidos.
       Washington Olivetto cunhou o termo Democracia Corintiana e o time passou a estampar em suas camisas frases de cunho político, como "diretas-já", "eu quero votar para presidente". Isso no período da ditadura militar, quando os movimentos sociais começavam a se rearticular para a instituição de uma democracia. O Clube sanou suas finanças e venceu duas edições do campeonato Paulista, mas o movimento desfaleceu com a ausência de resultados a partir de 84.
       O grande mérito estava na vanguarda do movimento diante de um quadro reconhecidamente desfavorável. Wlademir, Sócrates e Casagrande integraram a Seleção e se tornaram celebridades. A Itália os recebeu por algum tempo onde não alcançaram o mesmo resultado.
       Sócrates e Casagrande seguiram como médico e comentarista esportivo da Rede Globo... O histórico de problemas disciplinares de Casagrande o acompanhava enquanto o Doutor, o Magrão, alcançava os 110 kg. Álcool e drogas os trouxeram novamente às manchetes. Internamentos, coma, acidente e um possível transplante de Figado ante a Cirrose nos deixam apreensivos.
       A Ditadura impunha suas leis e sua ordem enquanto a aspirada Democracia nos daria Direito de escolha e uma vida mais Feliz!
       Ao menos o direito de Agir e Arcar com a Consequência de nossos Atos!

Crônicas de Thadeus Palka - VENCEDOR E PERDEDOR

VENCEDOR E PERDEDOR

(*) – Thadeus Palka.

              O melhor, portanto, é trocar o verbo; ao invés de querer é poder, dizermos apenas fazer é poder. Este é o verbo do verdadeiro vencedor.
              Ao falar em vencedor, logo temos a imagem de alguém muito competitivo, sem ética e invariavelmente solitário.
              Na verdade, vencedor é a pessoa que consegue atingir os seus objetivos. Mais do que vencer os outros, ele vence as suas próprias fraquezas, inseguranças e inabilidades. O vencedor sabe que a derrota é uma possibilidade e se prepara adequadamente para que ela não aconteça. Apesar disso, concentra sua atenção em alcançar suas metas, e não em evitar as derrotas. A postura diante da possibilidade da derrota é um dos principais aspectos que diferenciam um vencedor de um perdedor.
              Perante a derrota o perdedor tem duas atitudes básicas: o menosprezo e o pessimismo. O perdedor que menospreza a hipótese da derrota dá pouca importância ao adversário e não tem consciência de suas limitações. Por isso freqüentemente é pego de surpresa. A segunda atitude é o pessimismo. Nesse caso, a pessoa acredita que nasceu marcada para perder. Entra nas disputas já preparando uma desculpa para a derrota. No campo profissional costuma aceitar os desafios de má vontade, com o único propósito de provas, ao final que tudo ia dar errado. Como o perdedor não aceita em si, nem em sua capacidade de assumir sua própria responsabilidade.
             O perdedor vive como um pedinte. Pede amor, compreensão, piedade e, quando não recebe, julga os outros injustos por negarem o que ele queria. O perdedor se satisfaz em apenas começar uma tarefa. Se ele telefona para alguém e o número está ocupado, não liga novamente. Não procura na lista telefônica um número alternativo, não busca outro meio de fazer a tarefa que depende, em princípio, daquele telefonema.
              O perdedor está muito mais preocupado em explicar porque ele não consegue fazer do que em completar seu trabalho. Mantém uma estrutura perdedora em sua volta. As pessoas a quem ele se associa, sua casa, tudo cheira fracasso. É desorganizado e sem método. É um especialista

Artigos de Edson Tavares - Bioética e Biotecnologia

Senhor Presidente, Dr. Fahed. Prezados confrades. Amigos aqui presentes...

É com grande satisfação e também com incomensurável responsabilidade que apresento este tema para discussão. Caro confrade Leonardo  Prota, perdoe-me a ousadia em abordar o assunto que a pouco tempo o assistimos tão profundamente apresentar.
Tentarei discorrer particularmente com os olhos voltados para as questões relacionadas ao Projeto Genoma humano e suas relações práticas com a sociedade.
Em momentos históricos anteriores tivemos como assuntos predominantes ideologias, guerras, poder econômico, religião, movimentos políticos e sociais. Mas este naturalmente é o momento da biotecnologia. A expectativa humana em alcançar qualidade de vida superior e longevidade que tendesse ao eterno alavancou  a pesquisa, suportada por forte incentivo do capital e da mídia.
Desde o início das grandes revoluções científicas do século XX a bioética esteve presente. Perder a luta por corações e mentes poderia inviabilizar o progresso da ciência. Aproximadamente 3% dos valores investidos foram direcionados à bioética que buscava manter-se laica, embora em  seus primórdios fosse fortemente influenciada pelo pensamento religioso.
A bioética surge da necessidade de se posicionar diante dos avanços ocorridos dentro dos laboratórios e saber se posicionar e, eventualmente, influir nos rumos deste processos irreversível.
Naturalmente, nenhuma ciência sozinha é capaz de um  diagnóstico adequado, assim como nenhuma ciência é capaz de encontrar solução para problemas tão novos e tão complexos...
Se a liberdade religiosa e o pluralismo

Poesias de Mara Prates - QUERO e AMIZADE


Quero ser sua admiradora
Sempre te vi como uma heroína
E essa imagem não pode se desfazer
Assim como a tempestade
Quero que saiba que nunca mudará
Você nunca deixará de ser minha heroína
Tudo que acontecer em nossas vidas
Nada mudará meu amor por você
Quero chegar em casa e te ver
A minha espera
Quero te ver sorrindo para mim
Quero te ver na imensidão de seu carinho
Se abrir para o amor que sinto
Quero te ver com os olhos sonolentos
Dizendo “boa noite, durma com.
Os anjos, minha filhinha”.                   


                                 Mara Prates



Amigos são aquele que nos encanta a vida
Mesmo nos momentos de angustia
Imenso é o coração de um amigo
Zela de nós como de si mesmo
Amizade são raras, nos nossos dias
Dedica muito da sua vida ao outro e
Estão sempre prontos a nos ouvir.

                                        Mara Prates

Antologia de Poesias, Contos e Crônicas Nossa História, Nossos Autores

Antologia de Poesias, Contos e Crônicas
Nossa História, Nossos Autores

Edição Comemorativa dos 30 Anos da Scortecci
Últimas Vagas ou a Data Limite de 30 de novembro de 2011 para participar da Antologia Nossa História, Nossos Autores - Edição Comemorativa dos 30 anos da Scortecci.
Características da obra (Dois volumes)
Formato 14 x 20,7 cm, capa 4 cores (papel supremo 250 gramas), miolo papel 75 gramas offset branco, com ISBN e Ficha Catalográfica.
A antologia será editada em ordem alfabética por nome de Autor, que poderá usar ou não nome literário. O tema é livre. Não há obrigatoriedade de ser inédito. Não é concurso e todos os participantes terão seus trabalhos publicados.
Poderão participar escritores residentes ou não no Brasil. Os trabalhos deverão ser em língua portuguesa (de acordo com a nova ortografia), o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto.
O Autor poderá participar com poesias, contos e crônicas, desde que o número de páginas não ultrapasse o limite máximo de 4 (quatro) páginas. O número mínimo é de 2 (duas) páginas. Na página de abertura de identificação de cada Autor constará uma mini-biografia de no máximo 8 (oito) linhas, com aproximadamente 500 caracteres.

Regulamento: AQUI

Ficha de Inscrição: AQUI

A antologia será lançada em São Paulo, capital, no mês de agosto de 2012, no estande da Scortecci, durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Mais informações:
scortecci30anos@scortecci.com.br
Telefones: (11) 3032.1179
www.scortecci.com.br

Poesias de Braz Miranda de Sá - Meditações

MEDITAÇÃO

Terra girando no espaço!
Astros todos no infinito!
Oceano profundo!
Céu aberto, sol muito além,
Iluminando o mundo!
Árvores, flores num sorriso...
Brisa Mansa refrescando o rosto!
Calado, fico imaginando...
Quanta coisa bonita!
Na admiração, medito...
No questionamento, reflito...
Quem criou esse paraíso?
Concluo, nos sentidos meus:
Quem fez tudo isso,


QUE SERÁ

Do planeta em que habitamos?
Desta terra tão bonita?
Que tem o céu em festa,
Oceanos, rios, montes e florestas?
Que adotou-nos, filhos seus?
O homem que se diz racional,
Evoluiu com seu instinto animal.
Fez crescer sua arrogância...
Achou que, enriquecendo, teria nobreza.
E para atingir o objetivo,
Com tamanha ganância,
Explorou o povo nativo.
Deixou o caboclo na pobreza,
Derrubou as florestas,
Devastou a natureza,
Contaminou os mares,
Poluiu a atmosfera
E mandou tudo pros ares.
Hoje, vendo as grandes conquistas,
Que percorreram o espaço,
Na ânsia da evolução,
O homem caiu no fracasso,
Sem prestar atenção.
E a terra maravilhosa,
Vestida de matas frondosas,
Está ficando deserta...
O que será da vida futura,
Se continuar nessa aventura?
“Homo sapiens”, vê se desperta!

Braz Miranda de Sá

Poesia de João Vieira Jr - A Medida do Homem de Bem 03/2009

A grandeza de um homem não se mede somente por suas vitórias
Se mede, principalmente, por suas batalhas, suas derrotas
E, especialmente, como foi derrotado
Se por seus defeitos
Ou por suas virtudes
Se por seu passado
Ou por seu presente
Se por seus interesses
Ou pelo dos outros
Se pelo que faria
Ou pelo não faria
Ou deixaria fazer
Há de se medir, esta grandeza, pela incondicional entrega
Pelo altruísta tempo ao bem comum
Diferente do comum bem a se desejar
Pelo prazer de se ter o que governar
Sem democraticamente dividir
O lhe foi confiado angariar
Então se mede este homem
Pela alegria que se tem na vitória
Não por ter vencido
Mas, por saber que poderá executar o que de bom pode se fazer
Então se mede este homem
Pela tristeza que o abate na derrota
Não por ter perdido
Mas que, verdadeiramente, sabe
Que o seu bom não será executado
Mesmo sendo melhor que o vitoriado
E ao homem medido
Pesado e valorizado
Dá-se como medida
A falta que fará na sua ausência
E a lembrança do que poderia ter sido na sua presença !
.

Lançamento do Livro do Escritor Thiago Augusto Zardo

A República do Eldorado.
(Thiago Augusto Zardo)


Sob o domínio de Hitler, o exército alemão avançava pelo continente europeu destruindo e conquistando vários países. O ditador já havia tomado quase toda parte central e ocidental da Europa. Milhões de judeus foram perseguidos. 


No mesmo ano, do outro lado do planeta, em meio a uma imensa floresta de araucárias localizada no norte do estado do Paraná, um alemão chamado Enri Stalk abria com foice e facão uma picada na mata fechada  para chegar ao lugar escolhido para implantar a República do Eldorado.
Link da Editora Scortecci 


Dia 11/11 as 19Horas , na Livraria do Shopping Centro Norte, em Apucarana, o escritor Thiago Augusto Zardo, lança seu mais recente livro.


A Academia sente-se enaltecida pelo convite e o estende à todos os seus Acadêmicos e seguidores.

Crônicas de Thadeus Palka - VALORES HUMANOS: HONESTIDADE

VALORES HUMANOS: HONESTIDADE
(*) – Thadeus Palka
           “A honestidade é capacidade única dos seres racionais. Só o ser humano pode ser honesto ou desonesto, atribuir um juízo ético às suas ações”, e “O homem honesto é aquele que almeja não apenas a felicidade dos filhos, mas o bem da nação, de toda humanidade. Tem uma visão pública que passa por cima dos interesses mais comezinhos. Rege a si mesmo por imperativos mais nobres e amplos”, como bem explica Flávia Piovesan, Professora de Mestrado em Direito da PUC-SP e PR.
Cabe a cada cidadão ter em mente que ser honesto é um dever a ser cultuado desde o primeiro e até o último dia de sua vida como pessoa consciente de seus atos.
O oitavo mandamento divino é suficientemente claro: “Não furtarás”. Como se pode dizer é curto e grosso. Não são necessárias muitas palavras para esclarecer sobre a conduta reta que se deve pautar para ter uma vida digna e regrada diante de seus semelhantes, porque está implícito que o ser humano não gosta de ser tapeado ou enganado em qualquer tipo de negociação que esteja envolvido ou participado. É uma violência moral ao caráter daquele que acredita na boa fé do outro.
             Por mais que se façam leis que venham coibir atos ilícitos, ainda assim os cidadãos se valem de artimanhas escusas, visando beneficiar-se ou tirar vantagens de maneira sub-reptícia em qualquer atividade profissional, pública e comercial, procurando sempre tirar proveito de toda sorte.
Valores como honestidade, probidade e integridade são tão importantes para as pessoas que fazem do marketing institucional das empresas ou entidades, no entanto, alguns ainda não buscaram dentro de si que esses valores devem estar intrinsecamente colocados em primeiro plano para mudanças de atitudes.
Quais são as vantagens de alguém querer “passar outro para trás” certamente nenhuma, com certeza fará uma vez só, mas nunca definidamente porque a desonestidade e a mentira têm pernas curtas e mais ou menos dias quem é useiro e vezeiro acaba infringindo a norma moral e, fatalmente, estará se expondo à execração pública e, daí, talvez, sem possibilidades de se emendar do mal que praticou em benefício próprio ou a mando de alguém.
Vale a pena ser honesto como exemplo para as gerações futuras.  
Muitos vaticinam que ser honesto é ser trouxa ou ignorante, na verdade, equivocam-se redondamente e não deixa de ser um grande erro quem assim pensa e age.
           A honestidade tem um custo muito alto de valorização e de respeito ao outro. A honestidade é o selo pessoal que todos devem trazer para a posteridade porque honra e dignifica o ser humano.
A prática da honestidade vem do berço porque exige assídua aprendizagem e convivência durante a vida toda com a construção de personalidades justas, responsáveis e dignas de inteira confiança.
          Convivendo com a honestidade todos devem manifestar, demonstrar e provar que é o caminho efetivo para um mundo melhor e fraterno.
É uma questão unicamente de caráter na formação de cada um. Perder a credibilidade é expor-se ao ostracismo e viver como um pária da sociedade. Vale a pena ser honesto, ter a cara limpa, andar de cabeça erguida pelas ruas da cidade e ser bem recebido nos meios em que convive.
Em sã consciência é impossível admitir a quem quer que seja ignorar que está sendo honesto na prática de um ato condenável perante a sociedade e a si mesmo, quando está visceralmente equivocado por essa deslealdade proposital e enganadora e que não é factível e aceitável conceber essa atitude inconveniente por qualquer maneira ou por quem quer que seja.
            A honestidade é o alicerce dos grandes homens. Ser honesto pode ser uma utopia para os dias de hoje, no entanto, o que vale é a intenção de chamar à atenção de todos para esse valor humano tão importante e que é relegado a plano secundário ou até ignorado.



(*) – Advogado e ex-professor da FECEA – Apucarana (PR).
Academia: 8.11.2011

Artigos de Leonardo Prota - Educação em Tempo Integral - Um sonho a Realizar

EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL - UM SONHO A REALIZAR-

                                                                                              Leonardo Prota

            O lançamento do livro “Literatura no Ensino Fundamental: da teoria às práticas em sala de aula”, de autoria da Acadêmica Profa. Leny Fernandes Zulim, oferece-nos a oportunidade de uma reflexão sobre a Educação, não tanto com relação ao livro citado, que recebeu merecidos elogios durante a solenidade do lançamento e que chega em boa hora, em benefício do Ensino Fundamental, mas para salientar um dado muito importante, às vezes olvidado.
            Uma vez mais, lamenta-se o resultado desanimador da avaliação do desempenho escolar no ensino fundamental.
            Entre as várias explicações do baixo nível de rendimento no processo educacional aponta-se o pouco tempo de permanência diária na escola; a jornada escolar é insuficiente para alcançar resultados satisfatórios na procura de qualidade na educação. Diante dessa constatação, imitando outros países que alcançaram resultados invejáveis ao terem ampliado a extensão da jornada escolar, está se multiplicando, no Brasil, a adesão à chamada Educação em tempo integral.
            É nosso propósito, neste momento, apresentar pontos de reflexão a respeito dos elementos essenciais que possibilitem a adequada ampliação do tempo de permanência tendo em vista a educação em tempo integral.
            Em outra oportunidade, salientamos que a criança aprende mecanicamente; ela domina o código da leitura, mas não a significação. Durante muito tempo, no Brasil, acreditou-se que ser alfabetizado seria dominar signos. A criança lê as letras, repete mecanicamente, mas não compreende a idéia; é preciso aprender com significação. A criança aprende de verdade quando é

Crônicas de Thadeus Palka - Apucarana – Centro Norte Do Paraná

                        APUCARANA – CENTRO NORTE DO PARANÁ?

(*)-Thadeus Palka

            Sou apucaranense desde 1944, vim para cá com 9 anos, considerando-me um dos pioneiros desta pujante cidade, pois recebi homenagens nas diversas datas de aniversário da cidade, portanto vivenciando todos os problemas desta bela e acolhedora cidade.
            Naquela época Apucarana era o final da estrada de ferro – único e rápido meio de transporte da época - onde todos os aventureiros tinham suas paradas para, depois, seguirem suas jornadas para cidades mais distantes.
            Em Apucarana por volta de 1964 foi criada a primeira Faculdade de Economia do Norte do Paraná, logo depois a Universidade Estadual de Londrina e de Maringá, portanto, na região a nossa FECEA é pioneira.
            Apucarana fica entre Londrina e Maringá, quando se esperava que viesse a ser uma verdadeira metrópole a exemplo dessas duas cidades.
            Excelentes e gabaritados profissionais vindos, principalmente, de Curitiba (Pr) – médicos, engenheiros, dentistas, advogados, professores, veterinários, comerciantes e etc. –, foram verdadeiros abnegados e desbravadores e aqui se instalaram para fazerem suas vidas. Depois de certo tempo muitos deles voltaram para suas origens e muitos deles aqui permaneceram.
            Pela sua posição geográfica Apucarana é privilegiada pela estrada rodoviária e ferroviária que liga Apucarana-Curitiba-Paranaguá; é dotada do melhor clima da região; é considerada a Capital do Vale do Ivaí e do Boné; é sede de Bispado, e tem tudo para projetar-se  como uma das principais cidades do Paraná, pois conta com mais de 120.000 habitantes, tem 3 faculdades, escola profissionalizante extensão da Universidade Federal do Paraná, conta uma das melhores APAEs do Brasil em moderníssimas instalações; muitos colégios de alta qualificação; existem muitos supermercados e o excelente Hospital da Providência que é referência na região; é consideração a cidade educação do Brasil; o conceituado jornal “Tribuna do Norte” com grande penetração regional e mais o “Radar”, obviamente, constam outras grandes realizações.
            No entanto, não contamos com nenhum representante de nossa cidade na Assembléia Legislativa do Paraná e nem na Câmara Federal, em épocas passadas já tivemos excelentes apucaranenses.
             Cogitou-se formar o Projeto Metronor – Metrópole Linear do Norte do Paraná, por volta de l980, que abrangeria uma interligação entre Londrina e Maringá, com plano fabuloso para desenvolver a região, prevendo-se a interligação das cidades que se encontram nessa faixa, como acontece com o ABCD da região de São Paulo.
             Contamos com dois hospitais, onde funciona o SUS e o Hospital da Providência, este muito bem aparelhado e conta com excelente e capacitado corpo clínico; contávamos com duas cooperativas uma agropecuária e outra de leite; foi desatinava uma Faculdade de Filosofia, que funcionava no Colégio Glorinha, e outros empreendimentos de relativo porte que fazem falta para o nosso desenvolvimento.
             As eleições aproximam-se nos anos vindouros e é o momento de a sociedade política aglutinar-se em torno de pessoas comprometidas com a cidade de tal forma que tenhamos dignos representantes para o nosso município e de colocá-lo no lugar que ele merece; sem dúvida existem pessoas que podem desempenhar essa tarefa condignamente e de mostrarem a cara diante do eleitorado e que reúnem todas as condições para tornar o nosso município à altura dos demais da região.                                                       
             É hora de as lideranças vivas, inteligentes e interessadas por Apucarana tomarem uma posição firme e estarem convictas de que Apucarana tudo pode e ser o ponto mais destacado no mapa do Paraná.. Precisam ter coragem e altivez porque há gente competente e capaz que podem realizar um trabalho profícuo que resulte em progresso para a região, deixando de lado suas vaidades e caprichos pessoais e de mãos dadas objetivando um fim comum que é o progresso de nosso riquíssimo município.

(*)-Advogado e ex-professor da FECEA de Apucarana (PR).

Livro Prof Braz - Vale do Ivaí

APRESENTAÇÃO

Três Poetas assim se expressaram ao se referirem à sua terra: Gonçalves Dias, o poeta dos versos, em 1843, em sua “Canção do Exílio”, suplicou: “Minha terra tem palmeiras... Não permita Deus que eu morra, sem que volte para lá!” José de Alencar, o poeta da prosa, em 1865, em seu “Iracema”, nos descreveu: “Verdes mares bravios da minha terra natal onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba”. E o terceiro – BRAZ MIRANDA DE SÁ - um poeta “pé-vermelho”, radicado nesta terra, de longa data, fez da prosa uma poesia e nos brinda com sua obra-maior “Vale do Ivaí”, lançada em sua primeira Edição em 1987.

O “Professor Braz” deixa sua emoção e sensibilidade aflorarem, transmitindo-nos a lembrança, o sabor e a saudade de uma época bonita, a época dos desbravadores – bravos e destemidos irmãos de todas as partes do Brasil e do mundo – que, vindo, aqui se fixaram para fazerem desta terra a sua terra, e deste chão o seu universo, onde pudessem, viver, sonhar... criar sua prole e serem felizes, na luta árdua do labor diuturno.

A obra está repleta de relatos de ações do dia-a-dia, sem se importar com quem as praticou, mostrando que o que aconteceu ao Pedro, poderia ter acontecido com o José e que a Maria não é mais feliz ou infeliz que a Joana, pois tudo o que uma viveu... se a outra não viveu, bem que poderia ter vivido... É uma história sem personagens, datas, ou lugares... é, por conseguinte, universal... Todos a poderíamos contar, dizendo algo assim: “Sabe, teve um vez, que eu... lá na minha terra... nem me lembro quando...”

E o relato, em forma de poesia, mostra que ninguém é dono da história... felizmente! Graças a Deus, para que ninguém se sinta menos agente ou sujeito da história deste rico quinhão que Deus plantou no Norte do Paraná; ou que esteja privado de passar pelas alegrias, peripécias, lutas, dificuldades, vitórias e realização do seu sonho: o sonho maior de ter vindo, se assentado, vivido e vencido e, ao final do contrato da vida, deixar a vez aos seus rebentos para que embatam novas lutas e obtenham suas vitórias...

A obra é assim: teve um início... entrementes... não um fim.

Artur Palú Filho


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Livro Prof Braz - Lembranças

Depois de aproximadamente quarenta e cinco anos, visitando São José do Rio Preto, vieram à tona “LEMBRANÇAS” que minha saudade acaba de fotografar nesta obra.

Quero dedicá-la aos leitores, especialmente ao povo da inesquecível e promissora Potirendaba e da saudosa e progressiva São José do Rio Preto.

A todos, minha cordial saudação.

Braz Miranda de Sá

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