Convite para Semana Literária SESC de 10 a 14 de Setembro.



Acesse o Link e Escolha a Cidade Apucarana e veja toda a Programação !

A noite de Terça-Feira e co-organizada pela Academia.
Lançamento do Livro da Profª Leny e Sarau .

Reunião Festiva de Aniversário de 12 Anos - São Pedro do Ivaí


Academia comemora seu aniversário em São Pedro do ivaí

        Fundada em vinte e sete de julho de 2000, a Academia de Letras, Artes e Ciências Centro Norte do Paraná celebrou seu 12º. Aniversário em uma reunião festiva realizada no Colégio Carlos Silva em São Pedro do Ivaí no último domingo, 05 de agosto.
        Os Acadêmicos atenderam ao convite da Diretora Maria Aparecida Tavares Mouco e sua equipe e compartilharam com a sociedade o brilhantismo de toda a sua história que representa o pensamento, a produção e difusão de conhecimento gerado em toda a região. Recebidos pela equipe de professores, funcionários e alunos da escola os acadêmicos trouxeram a arte do Maestro Adenor Leonardo Terra em uma magnífica interpretação de “Travessuras” de Oswaldo Montenegro, Matheus Santos e a poesia de Fernando Piornedo, Edson Tavares e o “Pesadelo de um garotinho” em que se recordava os 67 anos do Bombardeio de Hiroshima e o Professor Artur Palu em uma apresentação voltada aos jovens, pais e professores chamada “Juventude, Primavera da Vida”.
        Palu provocou a discussão, a emoção e a necessidade de um maior conhecimento antropológico no enfrentamento das questões relativas à juventude. Demonstrou a necessidade de aprofundamento das relações e uma valorização de uma juventude submetida às pressões das mudanças físicas e psicológicas, sociais e tecnológicas, comportamentais e de mercado de trabalho. Reiterou a responsabilidade de pais e mestres no encaminhamento destes que se encontram na Primavera de suas vidas.
        Aplaudido intensamente pelos presentes, Palu deixou mensagem de um otimismo responsável e contribuiu decisivamente para uma tomada de posição de todos os que o assistiram. Assim como todos os acadêmicos que fizeram uso da palavra, como o Dr. Oscar Ivan Prux que convidou toda a comunidade a participar da Semana Literária – feira do Livro a realizar-se em setembro na cidade de Apucarana, Professor Afonso Cavalcanti que presenteou a escola com alguns exemplares de sua obra, Naici Vasconcelos exaltou o trabalho da Academia diante da sociedade nesses doze anos de atividades e a iniciativa de levar os acadêmicos ao encontro da população, Matheus Santos convidou a Juventude a participar do Sarau a realizar-se no dia 12 de agosto em arapongas, João Vieira e seu impecável protocolo e Leny Fernandes Zulin e a atuação da secretaria registrando toda a grandiosidade do evento.
        Thadeus Palka, Walter Domingos, Alemar Sampaio e Sonia Guilen também estiveram em São Pedro do Ivaí e assistiram às apresentações de dança da Academia Petit Ballet da Professora Patrícia Rossi e suas alunas, a emocionante mensagem interpretada pela professora Ana Maria Passari Louzada e a fantástica Ludimila incorporando Pedro Bandeira e defendendo o direito da criança.
        Educadores, alunos, jovens e representantes da sociedade civil organizada, clubes de serviço e lideranças políticas compartilharam com a Academia este inesquecível momento de celebração, pois o artista deve estar onde o povo está.

Edson Tavares




Local da Festiva de Aniversário

Roteiro para se chegar à Escola Carlos Silva, local da nossa reunião de Aniversário, em São Pedro do Ivaí dia 05 de Agosto de 2012.



Exibir mapa ampliado

Sarau no SESC - Dia 13/06/2012

"Sarau é onde a gente reúne os amigos ligados a arte e cultura. Será um lugar pra conversarmos, mostrar artes nossas e afins. Se você toca, escreve, desenha, quer fazer intervenções... enfim, é artista ou apenas gosta de apreciar arte, VENHA!"

https://www.facebook.com/events/494470367234208/

Isto dizia o convite feito no Facebook em 13/06/2012 !

Brilhantemente organizado pela equipe do SESC e Jovens de Apucarana !

Que maravilha encontrar aquela juventude produtiva, fazendo o que gosta e com qualidade. Música, pintura, expressões artíticas, desenho, artesanato, hip-hop, poesia, cinema, enfim, das mais variadas manifestações artísticas...

Mais de 50 felizardos. Em breve faltará lugar ... quem for esperto, verá !

João Vieira Jr.
Escritor, Poeta e titular da cadeira 26!


Fotos do Evento


Nova logomarca da Academia

Nova logomarca da Academia 




Desenvolvida pelos nossos amigos da Agência Pixel.
Obrigado a todos da Agência, em especial ao Jian e Stênio !

Poesia de João Vieira Jr - De teus sonhos 10/2010

Ah meus ares
Daqueles que uso a te intrigar
Que incomoda até de gostar
E há de se entender,
Sentar e conversar
E tomar café ou...sei lá o que...
E me fazer perceber
Se um dia
Não interessa o dia
Interessa que é o dia
Que a gente se interessava
Ou não entendi certo
Ou não estava por perto
Ou você não percebeu que eu tentava
E eu tentei.
E percebi
Que no trocar das horas
E das penhoras
Há muito a ganhar
Mas há um risco a riscar
E no balanço das horas
Tudo pode mudar
Menos o desejo
De teus sonhos
Serem eu a realizar.

João Vieira Jr

Crônicas de Thadeus Palka - SEMPRE FESTEJADO DIA DAS MÃES

 SEMPRE FESTEJADO DIA DAS MÃES
(*) – Thadeus Palka
                   O dia 13 de maio deste ANO tem um significado muito importante E ESPECIAL na vida de todas as pessoas, porque é comemorado e vivenciado DIA DAS MÃES, para a alegria e satisfação de todos.
                   Qual o preço da dedicação da mamãe e que nenhum ser humano é capaz de poder avaliar porque ela está presente em todos os momentos de nossas vidas. É o verdadeiro amor das mamães.         
                Filhos lembrem-se de suas mamães queridas oferecendo-lhes a cada momento nossa atenção, dedicação e respeito, porque quer queira ou não elas conhecem o que vai no coração de cada filho.
                   Como explicar o amor da mamãe se durante sua vida sempre ofereceu a você desde os primeiros dias, quando conversava com você com carinho e acolhendo-o em seu colo sem nunca pedir um pagamento por mais insignificante que fosse
                   As mamães sempre levam no recôndito de seu ser que o filho é o eterno nenê e que está a precisar de seu conselho e ajuda, por isso sejam pacientes e entendam o que de bom ela trás dentro de si, porque, na verdade, ela quer que nós sejamos verdadeiros e honrados para a vida dentro dos preceitos da virtude, honestidade e amor.
                   As mamães por mais ingratos que sejam seus filhos, e que enveredem por caminhos tortuosos da vida, e que se distanciam do aconchego do lar em busca do que a vida oferece, ela continua sendo aquela candeia de carinho materno e estará sempre presente oferecendo seu calor de mãe.
                   Na pura verdade o Criador do Universo trouxe a mamãe ao este mundo para que ela fosse o esteio e a muleta de apoio do lar, por mais humilde ou mais abastado que seja, porque o ambiente do lar requer muito carinho e abnegação e que a mamãe e tão somente ela tem condições de cumprir sua tarefa até o fim.
                   Filhos amem suas queridas mamães, não só neste dia e, sim, eternamente, porque creiam com sinceridade que ela e só ela é porto seguro e eternamente certo com o amor inefável de Deus. .
                   Lembrem-se que sua presença silenciosa sempre foi valorosa nos momentos de angústia, a mão amiga a amparar e a confortar em quaisquer circunstâncias de sua vida.
                   Filhos aproveitem e se deliciem da companhia das mamães e, por isso, devem merecer o respeito e carinho de todo filho.
                   O segundo domingo do mês de maio deve ser sempre festejado com alegria, amor, perdão e abraços, até com lágrimas de satisfação e muita paz no coração.
                   Lembremos que o amor da mamãe é e sempre será divino, inigualável e insuperável, sobretudo que possa existir de bom ao lado dos filhos e todos os tesouros e as riquezas deste mundo serão insuficientes para recompensá-la pelo trabalho devotado ao enriquecimento no aconchego do lar.
                   Que as lembranças dos feitos heróicos das mamães não fique só festejado e restrito neste maravilhoso dia, mas, sim, por toda eternidade.
                   Se sua mamãe deixou este mundo não se esqueça de orar por ela, oferecer um vaso de flor e elevar seu pensamento aos céus, agradecendo com todo carinho que invade sua alma de bom filho, ao menos isso, considerando o afago e de especial que ela fez por você quando sempre esteve ao seu lado.
                   Não se esquecer da Mãe Santíssima que acolheu com bondade em seio o Menino Deus, devotando-Lhe especial carinho e amor, dando-lhe todo conforto que necessitava para tornar-se o Salvador da humanidade e que ela na sua infinita bondade abençoe todas as mamães do universo.
                   Parabéns por mais este glorioso Dia das Mães e que todas sejam abençoadas de forma especial e incondicional pelo Criador.

(*)-Advogado e ex-professor da FECEA-Apucarana (PR).

Sarau de Poesia em Arapongas

Programa veiculado na TV em Arapongas da cobertura do Sarau de Poesia realizado pelos Poetas Por Natureza...



Janderson e Matheus (Academia de Letras, Artes e Ciências Centro Norte do Paraná)

Artigos de Oscar Ivan Prux - O PROBLEMA DO SISTEMA DE COTAS PARA ACESSO AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

TÍTULO: "O PROBLEMA DO SISTEMA DE COTAS PARA ACESSO AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS”
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal julgou válido o sistema de reserva de cotas para negros ingressarem nas universidades públicas. O referido julgamento aconteceu em ação que discutia a constitucionalidade desse tipo de ação afirmativa, pelo qual um determinado número de vagas são preenchidas obedecendo prioritariamente a raça e não a nota do candidato.
Existe uma evidente tentativa de resgate decorrente do remorso histórico por ter havido escravidão no Brasil e é sabido que há menor número de negros nas classes mais elevadas em nível de escolarização e renda. Também pode-se constatar que está em moda o sentimento do “politicamente correto”, naturalmente incentivado por minorias muito ativas, organizadas em movimentos que recebem destaque constante na mídia. Outro detalhe: a unanimidade dos votos dos Ministros da Suprema Corte, parece transformar a questão em algo indiscutível sob o ponto de fazer justiça, uma autêntica conquista para a sociedade.
Entretanto, apesar dessa unanimidade entre os julgadores, trata-se de um enorme equívoco. Começa que não existe base científica para definir a raça e isso não pode ser feito por simples declaração do candidato. Não há método seguro para afirmar a diferença racial entre alguém pardo e um negro (qual o limite da cor?). Qualquer critério que se adote, incidirá nos mesmos problemas do racismo (lembre-se de Hitler e seu conceito de raça pura como justificativa para eliminar os judeus e negros). E mais, a desigualdade social também atinge outras minorias como os índigenas. Por esses fatores inconvenientes, em elevado número de países desenvolvidos, não são aplicadas essas ações afirmativas que implantam sistemas de cotas. Para entender-se melhor a questão, recomenda-se a leitura do livro “Uma Gota de Sangue”, do sociólogo Demétrio Magnoli, doutor em geografia humana, que elucida essa matéria com muita sabedoria.
Portanto, falharam os Ministros do Supremo Tribunal Federal ao não conferirem prioridade ao preceito constitucional de que a educação é direito de todos cuja concretização deve ser feita pela universidade pública, complementada pela iniciativa privada. O que, na prática, significa que a escola pública não é para resgatar etnias, mas para oportunizar o acesso a educação gratuita para os mais carentes, pois os demais conseguem por seus próprios meios ter acesso a ela nas escolas privadas. Ou seja, de forma objetiva: o ensino superior gratuito deve ser para os pobres, pois aqueles que possuem recursos podem pagar seus estudos nas demais universidades. A distorção  está no fato de que os alunos das universidades públicas, em sua maioria, são aqueles que nela ingressaram em razão de possuírem recursos para frequentar os melhores colégios e cursinhos pré-vestibulares (além de poderem ficar sem trabalhar para se dedicar mais aos estudos). De outro modo, os mais carentes, vindos de escolas públicas reconhecidamente de baixa qualidade de ensino e tendo de trabalhar dois turnos para se sustentar, encontram enormes dificuldades para passar no vestibular de uma universidade pública. É esse o problema que deve ser atacado e não ficar-se com decisões “políticamente corretas” que, na realidade, ainda irão causar confusões e conflitos maiores quando chegarem para julgamento as ações que pleitearão os mesmos direitos para indígenas, para pessoas de raça oriental, para aqueles que tiraram nota maior no vestibular e foram preteridos por não estarem dentro das cotas de negros, etc.
Observe-se, o quanto é importante estabelecer que país queremos. Se desejamos ser uma nação “multiculturalista” ou se convém o incentivo para estes tipos de tensões raciais.
Em resumo: apesar de ter sido unânime, pode-se concluir que a decisão do Supremo Tribunal Federal não foi correta e haverá muitos problemas graves para colocá-la em prática. E mais, que o erro maior, centra-se nessa verdadeira anomalia que precisa ser urgentemente corrigida (a escola pública deixar de ser privilégio de ricos e priorizar o efetivo acesso para os mais pobres), e nenhum dos três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo ou Judiciário) demonstra estar tomando qualquer iniciativa capaz de reformar esse sistema socialmente injusto.
PUBLICADO NA TRIBUNA DO NORTE
AUTOR: OSCAR IVAN PRUXADVOGADO, ECONOMISTA E PROFESSOR
ESPECIALISTA EM TEORIA ECONÔMICA, MESTRE E DOUTOR EM DIREITOCOORDENADOR DO CURSO DE DIREITO DA UNOPAR

Crônicas de Edson Tavares - CASA DA SOGRA 2


Casa da Sogra (2)

E a festa rolava solta pela cidade. Com todos embriagados, inclusive sua filha.
         João Ubaldo emocionado não cansava de admirá-la embora contrariado.
         “É, realmente ela é uma Ubaldo! Sabia que podia confiar nela”. - pensava inebriado por aquela gratificante notícia. Sua filhinha era agora uma quase doutora. Seria Engenheira, aquilo que sempre sonhara ser.
         Veja, pai! - e mostrava o jornal com a lista dos aprovados.
         Não, não era possível. O nome dela não constava da lista.
         Aqui, pai. - com o dedo apontava os aprovados de Direito.
         “Traição. Não pode ser. Esta desgraçada teve a capacidade de mudar de curso sem mesmo me consultar! Eu não estou valendo é mais nada mesmo”. – pensou.
         E voltou para o mercado totalmente arrasado.
         Desde então procurou distanciar-se desta baderna juvenil e dedicar-se um pouco mais à pequena Marina. Era sua nova e última esperança.
         Pouco mais tarde recebeu a visita da menina em seu mercado. Seus olhos brilhavam de uma maneira muito diferente. Parecia querer dizer alguma coisa, mas como conhecesse muito bem a própria filha, sabia que não diria. Passou a mão no telefone e perguntou à sua esposa a respeito daqueles olhinhos negros.
         Ela está doidinha por um Roller!
         João espumava de raiva. Tanta coisa segura para se divertir e ela quer logo um roller. E já imaginava a menina com os dois braços quebrados ou se esquivando dos carros no “pesado trânsito” de São Pedro do Ivaí.
         Mas não conseguia olhar a pequena que seu duro coração partia. Comprou o brinquedo. E também joelheiras, cotoveleiras, capacete e um montão de medicamentos.
         Seu pai que atualmente se ocupava da terapêutica missão de brincar com as crianças sorria e parecia mais satisfeito que a própria netinha ao ver o brinquedo.
         Quer andar um pouquinho, Vô?
         Ao que o velho sorria e incentivava a menina.
         Enquanto isso João corria de um lado pro outro cercando e protegendo a filha que já dava mostras de irritação. Mas era essa sua missão de pai - proteger sua família.
         Mas num único descuido sua filha e seu pai desaparecem por detrás da garagem e parecem não mais voltar. Rateando gritava pela esposa para que o ajudasse a encontrar Marina.
         Ainda praguejava quando a pequenina apareceu contornando a moto de seu genro que ocupava espaço em sua garagem e recebeu um impulso do avô pelas costas.
         O coração do de João ameaçava saltar pela boca. Mas a menininha deslizava elegantemente e sorria para o paizão orgulhoso que chamava toda a vizinhança para apreciar o espetáculo.
         Esta menina tem futuro! Vai ser ginasta com toda a certeza!

Artigo de Claudiana Tavares da Silva Sgorlon - A Cadeirinha que Salva Vidas


Seu filho tem até 10 anos de idade??? Preste atenção!

         No ano em que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 21 anos, o Brasil, símbolo dos avanços nesta área, amadurece mais uma vez e coloca em prática a fiscalização da resolução 277 do CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, cuja premissa baseia-se em salvar vidas. Os acidentes de trânsito representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Em 2007, dados mais atuais do Ministério da Saúde, 2.134 crianças morreram e 15.194 foram hospitalizadas vítimas destes acidentes. Entre os acidentes de trânsito, estão os atropelamentos, os acidentes que vitimam a criança na condição de ciclista e os acidentes que vitimam a criança na condição de passageira de veículos. No caso deste último, é exatamente o uso do dispositivo de retenção, popularmente conhecido como bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação, que pode diminuir drasticamente as chances de lesões graves – e de morte – no caso de uma colisão.
É evidente que a resolução necessita ainda de ajustes, por seu grau de complexidade e responsabilidade, mas um grande avanço já foi conquistado. Representa uma forma de superação de situações de exposição de riscos e de violação de direitos. Significa um consenso social sobre a questão.   
Através desta resolução do CONTRAN, mais uma norma de grande relevância passa a valer em nosso país. A referida norma regulamenta o transporte de crianças até 10 anos e estabelece regras. A resolução veio para conscientizar e fiscalizar o uso correto de equipamentos de retenção e a sociedade em geral é convidada a participar de campanhas educativas sobre o transporte de crianças, promovendo ações interdisciplinares que envolvam também escolas e famílias.
De acordo com o CONTRAN, as regras para transporte de crianças são:
·   As crianças menores de dez anos devem ser transportadas no banco traseiro dos veículos utilizando equipamentos de retenção.
·   No caso da quantidade de crianças com idade inferior a dez anos exceder a capacidade de lotação do banco traseiro é permitido o transporte da criança de maior estatura no banco dianteiro, desde que utilize o dispositivo de retenção.
·    No caso de veículos que possuem somente banco dianteiro também é permitido o transporte de crianças de até dez anos de idade utilizando sempre o dispositivo de retenção.
·    Para o transporte de crianças no banco dianteiro de veículos que possuem dispositivo suplementar de retenção (airbag), o equipamento de retenção de criança deve ser utilizado no sentido da marcha do veículo. Neste caso, o equipamento de retenção de criança não poderá possuir bandejas ou acessórios equivalentes e o banco deverá ser ajustado em sua última posição de recuo, exceto no caso de indicação específica do fabricante do veículo.  
·   No caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores o Código de Trânsito Brasileiro estabelece no artigo 244, inciso V, que somente poderão ser transportadas nestes veículos crianças a partir de sete anos de idade e que possuam condições de cuidar de sua própria segurança.
Vale lembrar que esta norma já deveria estar incutida nos pais e/ou responsáveis para a preservação de integridade física das crianças o que representaria um grau importantíssimo de amadurecimento e de amor, mas infelizmente o que vivenciamos não é tão simples assim. O que vemos como forma de reação dos pais é uma grande preocupação não com seus filhos, mas com o gasto, com o incômodo da instalação dos equipamentos e a falta de hábito de colocar os filhos no banco traseiro, onde é o lugar correto para eles. É preciso elaborar ações eficientes de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva da sociedade no que se refere a medidas preventivas no trânsito.
Segundo a ONG Criança Segura (2010), “estudos americanos mostram que cadeiras de segurança para crianças, quando instaladas e usadas corretamente, diminuem os riscos de óbito em até 71% em caso de acidente”.
É preciso mostrar à sociedade que não basta adquirir o equipamento de retenção porque a lei obrigada, mas utilizá-lo de forma correta, através da adequação ao tamanho e peso da criança, da instalação certa, baseada no manual de instrução e verificar se o equipamento possuí a certificação do INMETRO e em casos de aquisição fora do país, se possuem certificação européia ou americana.
Segundo o Sistema Nacional de Trânsito, a penalidade para quem não cumprir a norma, será a prevista no artigo 168 do Código de Trânsito Brasileiro, que considera a infração gravíssima e prevê multa de R$ 191,54, sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação e a retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.
Esta norma projeta expectativas que vão além das aquisições dos cidadãos que utilizam os meios de transportes e avançam na direção de mudanças positivas em relação à segurança no trânsito. Pauta-se no reconhecimento da condição peculiar de dependência da criança, de desenvolvimento desse ciclo de vida e pelo cumprimento de seus direitos.

Claudiana Tavares da Silva Sgorlon
Assistente Social, Pós-Graduada - FECEA

Artigos de Oscar Ivan Prux - FALTAM REBELDES DO BEM

Durante o século passado, a juventude se caracterizou pela rebeldia embalada na idéia de reformar o mundo. Os estudantes se mobilizaram em protestos contra a falta de democracia durante o período da ditadura, participando ativamente de passeatas na campanha intitulada “Diretas Já”, coloriram seus rostos e como “caras pintadas” organizaram manifestações que exigiram a saída do então Presidente Fernando Collor por atos de corrupção. Todas essas campanhas ajudaram o Brasil evoluir suas instituições.
Atualmente, entretanto, o que se vê: os jovens estudantes estão acomodados, embevecidos com a sociedade de consumo que lhes satisfaz com bens e divertimentos. Exatamente num momento em que o Brasil tanto precisa, eles não se envolvem sequer minimamente. Parece nada ter a ver com eles, o fato do cenário político nacional representar um notório desrespeito para com a população, com escândalos diários no Poder Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Basta dizer que no país, absurdamente existem milhares de cargos comissionados, de nomeação apenas por critérios políticos, caracterizando um sistema de loteamento de determinadas áreas para que algum político ou partido aliado tenha a liberdade de nomear quem desejar, incluindo até corruptos já condenados. Também são criados Ministérios inúteis, dispostos apenas para empregar aliados, cabos eleitorais e apadrinhados políticos. Neles são empossados Ministros que confessam não entenderem nada dos assuntos da área, prática que costuma favorecer ao surgimento de corrupção e muita ineficiência. Veja-se o caso do Ministério da Pesca e Aquicultura, que como vários outros não têm a menor utilidade (se fosse necessário deveria também haver o da carne de frango ou de porco). Para ele foi nomeado Marcelo Crivella, que já como Ministro, num verdadeiro deboche ao povo brasileiro, declarou expressamente que “não sabe colocar uma minhoca num anzol”, assim como sua antecessora Ideli Salvatti, hoje ministra da Integração Nacional, igualmente não sabia (tanta incompetência resulta em que, apesar de possuir o maior número de rios e ter 8000 km de litoral, o Brasil produz pouco peixe, sendo mais fácil encontrar o que vêm da China, do Chile ou do Peru).
Pois bem, essa falta de vergonha somente poderá mudar pela ação da sociedade civil organizada. E neste contexto, o Brasil está se ressentindo muito da omissão dos estudantes em um movimento verdadeiramente reformador. É de lamentar, portanto, que não se perceba neles a vontade de melhorar o país. Suas rebeldias somente têm sido notadas quando se trata de não cumprir regras, nos desrespeitos aos pais, professores e autoridades, ou ainda, quando picham muros e depredam bens públicos. Apesar de alardearem haver imenso poder nas redes sociais nas quais eles gastam muito tempo precioso ao invés de estudar e se dedicar a tarefas mais úteis, não surgem organizações fortes que os representem e façam ações positivas para a melhora dessa realidade. Atualmente, a União Nacional dos Estudantes (UNE) somente aparece nos noticiários quando é para receber verbas públicas ou manter o direito de fornecer e cobrar por carteiras de estudante. Não há busca de objetivos maiores de exercício da cidadania (quando muito, um ou outro estudante em caráter pessoal, participa de alguma ação social ou organização, normalmente filantrópica ou em prol da ecologia). E essa carência que tem dado espaço para existência de um meio político tão “poluído” e instituições com tantas mazelas, inclusive com certas autoridades tomando atitudes imorais sem sentirem o menor constrangimento ou mesmo serem alcançadas pela força da lei e da justiça.
Parece que os jovens de agora vivem em outro mundo, alheios aos problemas que vivenciamos, inebriados que estão com a overdose consumista de divertimentos, da comunicação virtual e de bens fúteis que conseguem com tanta facilidade.
Por isso, essa imensa saudade dos estudantes de antigamente, espécie de “rebeldes do bem”, que realmente acalentavam o sonho de melhorar a sociedade em que viviam e se empenhavam para colocar em prática os seus ideais. Eram milhares que de forma pró-ativa se organizavam e participavam de movimentos que ajudaram a transformar o Brasil.
Pobre do país cuja característica seja ter jovens sem iniciativas, preocupados apenas com seus prazeres imediatistas, centrados substancialmente em interesses e egos pessoais alimentados pela sociedade de consumo.

Oscar Ivan Prux
Advogado, Economista e Professor
Especialista em Teoria Econômica e Doutor em Direito
Coordenador do Curso de Direito da Unopar
Membro da Academia.

Palestra de Ricardo Vélez Rodríguez - HORIZONTES PARA O BRASIL (05/02/2012)

HORIZONTES PARA O BRASIL
Ricardo Vélez Rodríguez
Coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas “Paulino soares de Sousa”, da UFJF.
Professor Emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME), no Rio de Janeiro.


(Palestra realizada na Academia Apucaranense de Letras, em 05/02/2012)

Prezados acadêmicos: tenho a satisfação de falar neste espaço, atendendo a convite da Academia Apucaranense de Letras, formulado por intermédio do acadêmico e amigo, Dr. Oscar Ivan Prux. Registro, com satisfação, além da sua presença, a do amigo de longa data e acadêmico prof. Dr. Leonardo Prota e sua esposa, Lessy. Registro, igualmente, com alegria, a presença da minha esposa Paula.
O tema que desenvolverei nesta palestra diz relação ao que nós, habitantes de um município brasileiro, podemos esperar do nosso país no ano que se inicia. Quero insistir na inserção municipal, pois é ali onde transcorre a nossa vida do início ao fim. Tudo quanto dizer relação à qualidade de vida deve ser, portanto, referido à circunstância municipal. Dizia Ortega y Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias, e se não as salvo a elas, não me salvo eu”. Ora bem, quero insistir, nesta minha fala, nessa circunstância, a municipalidade, que é inseparável das nossas vidas, porquanto se “não a salvarmos” tampouco garantiremos a qualidade de vida que aspiramos ter.
Dividirei a minha exposição em três itens:

Reunião de 05 de fevereiro de 2012

           Domingo, 05 de fevereiro de 2012, a Academia de Letras, Artes e Ciências Centro norte do Paraná reuniu-se para o início das atividades do ano de 2012 no Centro de Eventos da ACIA em Apucarana.
         Em uma reunião marcada pela emoção em um momento de homenagens à memória da Acadêmica Terezinha Barbosa Guimarães falecida no início deste ano o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez versou sobre as Perspectivas do Brasil para 2012 – aspectos políticos, econômicos e Culturais.
         Apresentado pelo Acadêmico Oscar Ivan Prux, Ricardo brilhantemente teceu suas considerações a respeito do Pensamento Brasileiro, sua relação de complementaridade com a América Latina, momento político e Econômico e possibilidades de progresso através de uma racionalização dos conceitos e suas práticas aplicações.
         Colombiano tornou-se o primeiro Mestre e Doutor em Pensamento Brasileiro tornando-se estudioso e conhecedor da realidade brasileira.
         Quando os dados estatísticos apontam para um crescimento substancial da economia elevando o Brasil ao sexto lugar e antevendo sobrepujar a França o inconsciente coletivo poderia gerar falsas verdades. A distribuição de renda e, principalmente, o IDH, nos devolvem ao mundo real mostrando que ainda temos muito a evoluir. Além disso, a educação tem demonstrados resultados pouco produtivos quando nossos alunos são submetidos às avaliações internacionais.
         Professor Ricardo conceituou o Brasileiro como portador de uma patologia que denominou “Vista Cansada Cívica” quando somos capazes enxergar ao longe grandes evoluções e incapazes de observar graves problemas ao seu entorno. Situações de injustiça social, de cidadania, passam despercebidas a esses olhos cansados e desprovidos de uma avaliação crítica.
         Em sua avaliação a solução dos problemas advém de uma sociedade civil organizada e participativa, geradora de princípios e capaz de exercer a necessária atuação política. Desses núcleos de discussão surgiriam as idéias capazes de alavancar o processo de transformação da sociedade e das instituições. Deste modo questiona o Estado centralizador que pretende administrar um país com dimensões continentais e intensa diversidade cultural a partir de Brasília, desarticulando as iniciativas regionais. Apresenta como sugestão político eleitoral o fortalecimento da representatividade (Partidos, Câmaras e Congresso Nacional), a prestação de contas à sociedade pelos eleitos em um sistema de voto distrital que aproxime as autoridades de suas bases.
         O Estado Patrimonial implantado no Brasil, submetido a períodos ditatoriais ainda busca a solução para questões de cidadania. O surgimento da Democracia da Ignorância, da Megalomania e o fortalecimento aparentemente sem limites do executivo acabou se tornando o produto de uma sociedade onde o judiciário ainda precisa se auto-afirmar e a imprensa exercer sua liberdade de forma eficaz e definitiva e a Educação receber um tratamento mais racional.
         O País impõe aos contribuintes uma carga tributária injustificável diante dos benefícios gerados pelos benefícios oferecidos. Embora se discuta o baixo investimento em educação Dr. Ricardo apresenta números que contrariam essa premissa. O País gasta muito e mal! Precisa se reorganizar. Criar um currículo Nacional que respeita as individualidades regionais e oferecer ao cidadão uma verdadeira educação de qualidade.
Se o Dr. Ulisses comemorou a promulgação da Constituição Cidadã em 05 de outubro de 1988 centramo-nos nos direitos do Cidadão pouco enfatizando seus deveres.
         Otimista, eloqüente e muito à vontade diante dos intelectuais da Academia e seus convidados Dr. Ricardo participou de intenso debate durante aproximadamente uma hora apresentando suas expectativas para o Brasil em 2012. Ao final o amigo Leonardo Prota teceu os agradecimentos em nome da Academia ao nobre Palestrante.
         A todos os que se fizeram presentes nossos agradecimentos diante da oportunidade de termos tão ilustre presença no início das atividades de 2012.


Curriculum resumido de Ricardo Vélez Rodríguez
Ricardo Vélez Rodríguez, colombiano naturalizado brasileiro. Doutor em Filosofia pela Universidade Gama Filho. Pós-Doutorado em Ciência Política no Centre de Recherches Politiques Raymond Aron, Paris. Mestre em Filosofia pela PUC do Rio de Janeiro. Licenciado em Filosofia pela Universidade Pontifícia Javeriana, Bogotá (Colômbia). Professor Associado da Universidade Federal de Juiz de Fora. Coordenador, nesta Universidade, do Centro de Pesquisas Estratégicas "Paulino Soares de Sousa". Autor de mais de vinte livros, dentre os que se destacam: A Democracia Liberal segundo Alexis de Tocqueville (São Paulo: Mandarim, 1998), O Liberalismo Francês: A tradição doutrinária e a sua influência no Brasil  (Rio de Janeiro: Topbooks, no prelo), Castilhismo: uma filosofia da República (Brasília: Senado Federal, 2000) e Estado, cultura y sociedad en la América Latina (Bogotá: Universidad Central, 2000), Patrimonialismo e a realidade latino-americana (Rio e Janeiro: Documenta Histórica, 2006), Da guerra à pacificação: a escolha colombiana (Campinas: Vide Editorial, 2010). Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro. Membro do Instituto de Geografia  e História Militar do Brasil, Rio de Janeiro. Professor Emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Rio de Janeiro. Membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, Rio de Janeiro. Membro da Academia Brasileira de Filosofia, Rio de Janeiro. Membro do PEN Clube, Rio de Janeiro. Membro da The Planetary Society (Passadena - Califórnia - USA).




Crônicas de Edson Tavares - CASA DA SOGRA

CASA DA SOGRA

         João Ubaldo soltava um sorrisinho amarelo quando seu velho pai, agora com mais de oitenta, lhe chamava a atenção para as gracinhas de Aninha. A menina em seus terríveis dois aninhos tentava pedalar seu triciclo por entre os móveis e vez por outra passava em frente da televisão.
         Não conseguia livrar-se da raiva que sentia desde o momento em que sua filha, em pleno domingo, vinha almoçar em sua casa e trazia o folgado Genivaldo, seu genro.
         Ficava imaginando a hora de se deliciar com uma tesoura em seus fartos cabelos enquanto dormia em pleno sofá da sala. E todo mundo se acomodava pelo tapete com algumas poucas almofadas.
         E o desgraçado nem mesmo tirava os sapatos.
         Não fosse o bastante, seu Flamengo perdia por dois a zero do Fogão.
         Marilúcia, sua esposa, praguejava na cozinha o leite derramado enquanto socorria Suzana, histérica ao descobrir que queimara o lindo vestidinho rosa da pequena filha.
         __ Na trave! - inconformado berra o Galvão Bueno quando Loco Abreu erra o pênalti em uma fatídica cavadinha.
         Era mesmo demais... Que mais lhe faltava?
         Agora o Vô Antônio botava os pezinhos de Aninha nos pedais e ensinava pacientemente os movimentos.
E sorria...
         “Acho que papai realmente está ficando velho - pensava. É triste ver como as pessoas mudam. Nem parece que até a pouco tempo ainda se levantava cedo e corria pro mercado comigo... Que se preocupava em fechar torneiras gotejantes e apagar luzes em quartos desocupados. Nem mesmo me faz ouvir aquelas histórias de caçadas e casas mal-assombradas”.
         E pensar que a mais de trinta anos estava ali, no batente, cuidando de tudo e de todos.
...
Sequer tivera a sorte de fazer um filho homem - eram três meninas “difíceis e inconseqüentes”, que não sabiam nada da vida!
         “Nada como o tempo - pensava. - No final ainda digo: Bem que eu avisei!”
         ___ E é Gooooooool do Botafogo .....
         Três a zero.                                
         Agora que tudo já estava mesmo consumado não adiantava reclamar. E foi o que João fez: resignou-se após nada menos que duas horas do final do jogo.
         Difícil mesmo era agüentar olhar para a cara do infeliz Genivaldo envolto em seu ócio como se o mundo fosse acabar em sofá.
         “Mas é mesmo um descarado. Não custa nada levantar e ainda pegar o meu carro para sair” - pensava.
         ___ Paiêêêê ..... - gritou lá da rua a bela Lúcia, sua segunda filha, arrastando uma pesada bolsa de viagem.
         Apressadamente João Ubaldo se levantou, correndo receber aquela em quem agora depositava todas as suas esperanças. A menina preparava-se para o vestibular da UEL, mas torrava cada níquel que ganhava. Ainda assim valia a pena. (E já se imaginava na formatura da filha recebendo o canudo de Engenharia).
         Quando chegou ao portão acompanhado por não menos de dez pessoas franziu a testa assustado ao perceber outras três.
         __ Este é Fernando... Esta é a Priscila... E este o Augusto, meu namorado! Eles vieram para passar uns dias com a gente...
         O pobre coitado ameaçava um enfarte. Abraçado com a filha cochichou em seu ouvido - “Não precisava trazer tanta mala, bastava a bolsa!”
         Agora a festa generalizava. Eram abraços e cumprimentos infindáveis e um monte de bagagem para carregar.
         Não precisou muito tempo para que o mais novo candidato a genro estivesse usando seus chinelos após o banho. E só agora pudera observar o brinquinho que o rapaz usava na orelha esquerda.
         __ Isto é demais. Esta menina deve estar fazendo muita festa lá em Londrina e eu já estou vendo tudo... Estudar que é bom, nada. E ainda mais trazendo esse monte de gente. Deve estar pensando que minha casa é hotel. - reclamava reservadamente com sua esposa.
         Quão infindáveis foram aqueles dias...
         Porém, como tudo nessa vida, passaram.
Foram-se todos e prestaram o vestibular. E voltaram...
         Até agora suportara tudo com muita paciência, mas daí a admitir que sua filha acompanhada por um bando de marmanjos aprontasse pelas ruas da cidade, bebendo e gritando em seu próprio carro era inadmissível. E saiu de encontro aos fanfarrões deixando um empregado cuidando do mercado, disposto a acabar com aquela palhaçada.
         Ao se aproximar recebeu um inesperado e apertado abraço de Seu Afonso, o farmacêutico, que o parabenizava.
         __ Ela realmente merece... A gente confiava nela.
         __ Passei, pai... - gritava emocionada Lúcia ao vê-lo tão perto.
         Abraços, beijos e muito choro envolveram pai e filha enquanto o rapaz do brinquinho lhe estendia a mão.
         __ Ele passou em medicina pai...
         Estendendo um largo sorriso João abraçou o menino e disse:
         __ Eu sabia... Acreditava nela... Esperava por este dia!

Homenagem à Terezinha Barbosa

Singela homenagem à nossa Acadêmica Terezinha Barbosa Guimarães, feita por Adiones Gomes da Silva, o Ponga, vice-pres. da SPJ – Sociedade dos Poetas Jandaienses. Doc.nº. 81, Janeiro/2012. Que, devido a formatação do texto, fica melhor visualizada como anexo.

Clique no link abaixo para visualizar :

Homenagem à Terezinha Barbosa

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Crônica de Fahed Daher - AL CAPONE

AL CAPONE.

FAHED DAHER


A historia do cinema Norte Americano nos brindou com filmes maravilhosos, muitos deles históricos, embora, na tônica da história tenha havido algumas fantasias para levantar emoções e valorizar a cultura americana.

Recentes histórias, do nosso mundo político, nos levaram para a lembrança da história de Chicago, pela apresentação do filme os intocáveis, filme de grandes atividades emocionais.

Com os intocáveis a história da máfia, a “Honorata Societá”, também chamada de “Cosa Nostra”, onde pontificavam imigrantes italianos, entre eles, a figura que se tornou famosa, chamada Al Capone, com ele o crime organizado.

Al Capone nasceu na Itália em 1889 e faleceu em 1947 nos EEUU

Consta que o serviço de segurança, juntamente com a polícia federal americana, sempre muito eficientes, somados ao judiciário, nunca conseguiram provar qualquer participação de Al Capone em todos os processos de criminalidade, havidos no comando da sua “Cosa Nostra”.

Inclusive consta que nunca ele portou uma arma. Apenas os seus auxiliares e seguidores portavam as armas, metralhadoras, as vezes transportadas em um saco de golfe ou sob as vestimentas.

Consta que as atividades de gangsters, comandadas por ele, faturava cerca de três e meio bilhões de dólares por ano, com capacidade de subornar policiais e juizes, despendendo cerca de duzentos e cinqüenta milhões de dólares anuais.

Nunca houve provas para puni-lo, pois nunca estava presente nos acontecimentos. Nem suspeitas materiais ficavam nos atos de ilegalidade, nas disputas de grupos ou domínio de territórios de tráfico de drogas, prostituição, clandestinidade de bebidas especialmente durante a promulgada lei seca que proibia o comércio de bebidas alcoólicas, também no oferecimento compulsório de proteção a comerciantes e empresários e pessoas de muitas posses.

Este tipo de proteção era uma forma de extorquir dinheiro sob pena de receberem a agressão da própria organização e, quando pagavam para não serem agredidos pelo próprio grupo, eram também defendidos contra a agressão de outros.

Al Capone, oficialmente, nunca sabia de nada e nunca aparecia qualquer comprovação das suas participações ou comandos.

Conseguia ser recebido nos altos círculos sociais, relacionava-se bem com as autoridades. Alem dos subornos concedia belos presentes na forma de gentileza de boa amizade.

Seus auxiliares, os que se deixavam ser suspeitos e sujeitos a investigações maiores, por fracasso em determinadas ações, eram imediatamente eliminados, eliminação que era comandada com ordens para outros subordinados, tal como fazia Stalin na Rússia, quando recebia no gabinete algum elemento pelo qual não nutria simpatia, à saída deste, chamava um outro auxiliar de confiança e apenas dava um sinal, sem nada dizer, para eliminar o visitante que acabara de sair.

A punição de Al Capone lhe veio por algum deslize na declaração do imposto federal.

Não é necessário ser letrado para ser um chefe de máfia.

Nem ser culto ou erudito. Basta ter a capacidade de penetrar na psicologia dos auxiliares, conhecer a psicologia do medo, para impor a tirania.

Conhecer a gula de cada um para satisfazer suas exigências e, se aproveitando de todas estas fraquezas, saber dizer a cada um o que cada um gosta de ouvir, assim distribuir algumas benesses e dominar, mantendo o ar de nobreza e de protetor, se fazendo ausente e desconhecedor dos acontecimentos comprometedores.

Existe ambiente para um Al Capone na política do Brasil?

A massa da população gosta de protetores, mesmo fantasiosos.

A classe média gosta de fantasias. A camarilha gosta de lucro fácil.

Há boas condições para a máfia manter o domínio entre nós?

O Brasil precisa de “cumprimento da lei” igual os EE UU.

Nossas leis já são secas para os poderosos. Fogosas para os opositores.


Academia de Letras de Londrina. Centro de Letras do Paraná.

Mensagem do Presidente Edson Tavares - Tributo à Pequena Grande Mulher

Tributo à Pequena Grande Mulher
        Terezinha tornou-se parte de minha vida nestes últimos anos. Sua experiência, alegria, bravura e capacidade de se indignar diante das mazelas do mundo sem jamais perder a ternura me deixaram marcas indeléveis.
        Sua biografia incontestável a credenciou a ser reverenciada como grande entre os grandes, entre aqueles que escrevem com as próprias mãos sua história. Das Minas Gerais trouxe as raízes que seriam replantadas em Jandaia do Sul e se alastraria por todo o Vale do Ivaí. Seus ensinamentos levaram esperança, conforto, orgulho e progresso à vida de tantos que nem mesmo pude acreditar quando me convidou a escrever em sua companhia o livro da História de São Pedro do Ivaí. Seu currículo registrava as histórias de Itamogi, sua terra natal, e Jandaia do Sul e, em breve, haverá de registrar a de São Pedro.
        Durante três prazerosos anos convivemos diariamente. Trocamos mensagens, telefonemas e visitas. E trabalhamos até seus últimos dias. Criteriosa e disciplinada continha meu romanceio histórico e jamais   trouxe à pauta sua enfermidade. Buscava, isto sim, saber da Academia de Letras, dos trabalhos, da Família e de mim.
        E, mesmo quando todo o ar do mundo parecia lhe ser insuficiente, respirava a esperança. Agora, mesmo diante da tristeza pela perda irreparável, fica o exemplo de perseverança e uma incomensurável responsabilidade ao concluir um trabalho que levará nossas duas assinaturas.
        A convite do mentor Dr. Fahed Daher uniu-se a Francisco, Brás Miranda de Sá e Artur Palu e fundaram a Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-norte do Paraná onde desenvolveu suas atividades acadêmicas e intelectuais desde o ano 2000. Apoiou-me e sustentou-me quando fui indicado ao cargo de Presidente e hesitava em aceitar.
        Mas nada me deixaria marcas mais profundas que seu afetuoso abraço e o seu “Menino, eu te amo” diante das dificuldades que enfrentávamos juntos.
        Que Deus a receba em sua morada eterna enquanto ficamos e continuamos nossa caminhada.
        Terezinha, vá em paz!