Mensagem de Natal do Presidente Edson Tavares

Feliz Natal

Naquele final de ano eu estava muito cansado. Foram meses difíceis. O mundo em crise econômica, os tributos em alta, a inflação mostrando suas garras e o dinheiro... Bem, parecia não ser suficiente.
         Minha grande e maior companheira era a calculadora...
         Sabia que além de todas as despesas habituais havia de pagar o décimo terceiro e as férias dos funcionários. O sono havia me abandonado, as tristes olheiras denunciavam tudo o que estava vivendo. Mas a chegada do Bom Velhinho me enchia de esperança. As crianças já haviam enviando ao Pólo Norte da Árvore de Natal suas cartinhas. Vê-los felizes me faria muito bem. Mas o fato é que até então não tivera coragem de descobrir seus pedidos.
         A cidade iluminada, a Igreja enfeitada e as pessoas caminhando pelas ruas carregadas de presentes me asfixiavam. Dor de cabeça, tontura, falta de ar, taquicardia e formigamento do braço esquerdo...
Pronto socorro!
         Achei que não veria o Noel naquele ano...
         E realmente não o vi.
         __ Pânico – disse o cardiologista. Crise de ansiedade...
         E o que é pior. A conta do hospital! E ainda tinha aquele pacote de medicamentos.
         Confesso que nem mesmo entendi tudo o que estava acontecendo, mas algo que me deram me fez muito bem. E então eu dormi. Muito e bem. E acordei ainda melhor...
         Nem mesmo as contas por vencer me assustavam. Estava envergonhado por não ter resistido e caído doente. Minha esposa retirou as crianças de casa para meu melhor descanso. Somente agora pude ler as cartinhas dos pequenos. Então, tudo mudou.
         “Fui um bom menino este ano. E o que eu mais queria era montar um presépio com meu papai. Daqueles bem bonitos que a gente mesmo faz. Colocar o menino Jesus na gruta junto com Nossa Senhora, São José e os animaizinhos todos. E também queria ganhar Um joguinho de Damas. Meu papai sabe fazer!” – dizia o Leonardo.
         Meus olhos se encheram de lágrimas.
         A Geovana pediu uma bonequinha bem pequenininha. Negrinha e peladinha. Queria que a vovó fizesse as roupinhas.
         Aqueles próximos dias foram muito felizes. E minha vida mudou. Muito mesmo. Com lona, tintas, grama e imagens feitas com sabugo de milho e palha. A árvore de Natal agora era mais simples e muito mais bonita.
         E o menino Jesus agora era a bonequinha negra da Geovana!
         Foi realmente um Feliz Natal. De família, simplicidade, união e Presépio de verdade. Um verdadeiro renascimento mesmo diante de uma vida que me pressionava a comprar, gastar todo o inexistente décimo terceiro e ficar devendo até depois do carnaval.
         Agora não preciso mais de remédios para enxergar tudo aquilo que está diante de meus olhos. Mais agradeço a Deus aquela crise que me salvou da prisão deste mundo cruel.
         E posso dizer a todos: Feliz Natal e um Ano Novo repleto de felicidades. E das crises necessárias ao seu crescimento.


Que neste Natal nosso coração se abra ao menino Deus que nasce a cada dia gratuitamente, a todos nós. Que tenhamos um Natal repleto de paz, saúde e muitas bênçãos de Deus para celebrarmos todas as conquistas deste 2011 e planejar um Ano Novo com muita esperança em dias melhores. Especialmente como resultado de nossas lutas, nossos encontros e trabalhos em comum.
         Que a Academia se fortaleça com a força de cada um de nós. Que a nossa sensibilidade, capacidade e perseverança nos tornem capazes de produzir e disponibilizar nossos talentos a todos os que conosco convivem, lêem, apreciam e ouvem nossas obras.
         Parabéns a todos pelas conquistas deste 2011. E que 2012 possamos ter os méritos para comemorar ainda mais. Saúde, alegria e muita paz a todos.

Edson Tavares.
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Poesia de Fahed Daher - O Meu Natal

O Meu Natal

E o Natal que nós queremos
Que lembra o caminho da paz,
É o momento  em que se faz
A concentração da Fé
Em tudo aquilo que cremos
De Cristo, Maria e José.

O Natal é festa, sim,
Alegria, exaltação,
Riso, presente, oração,
Os encontros das famílias,
Seguindo, de Cristo, a trilha
Do amor real, da humildade.

Não é no carro, na jóia,
No traje mais elegante,
No jantar extravagante,
Que se fará a  honraria
Ao nascimento sagrado
Desta criança que um dia
Nos mostrou o certo e o errado.

Festa, sim, com oração,
Alegria, o baile, a vida,
A festa tão exigida
Depois da meditação.
O culto, a missa, a novena
E a consciência serena
Que nos leva à salvação..

Mas, deixando o pessimismo
o descaso ou o cinismo
num abraço muito terno,
vibrando no amor fraterno
que nos veio de Jesus,
o afeto que nos conduz
enche a alma de alegria,
no encontro de cada dia
coração a coração
no comando de Maria  
e do sentido Cristão..
 
Fahed  Daher- - Médico – Apucarana  Paraná
Governador  95/96  Distrito 4710 de Rótary International
 Academia de Letras de Londrina
Academia de Letras Artes e Ciências Centro Norte do Paraná.

Poesia de Wander de Souza - Talvez um dia

Apresentada pelo Acadêmico Matheus M Santos

Talvez um dia

Quando seus olhos
Encontrarem os meus
Expurgue seus sentimentos
Esqueça que um dia foram seus

Eu fugi, eu corri, eu fui embora,
Fui covarde, desapareci.
Por mais que me explique. Não importa.
As vezes nem mesmo o velho consola.

Mais uma dose de auto-piedade.
Me enterre com seu sorriso, apenas um.
Pra me sentir o fracassado da cidade,
Só pra eu encenar Factotum.

Tenha certeza
Que quando a encenação acabar.
O sol esmurrará minha cara,
Como quem não quer nada.

 Wander de Souza

Poesia de Matheus M Santos - Além da Quantidade

Além da Quantidade

Quantos são os olhares
E quantas são as promessas?
Quantas são as esperanças
Que só possuem uma fresta?

O olhar fica parado
E a boca fica muda
Só o pensamento fala
Nessa noite desnuda

Pelo calor envolto
Das luzes dos postes
Do gritar de um socorro
Que antecede a morte

Quantos são os egoísmos
E quantas são as incertezas?
Quantas foram as garrafas que
Ficaram sobre a mesa?

Se quantidade fosse algo importante
Qualidades não definiriam o ser
Porque as vezes a vida é bem mais
Do que apenas viver.                                                

Posse da Academia em 04/12/2012

    No dia 04 de dezembro 2012, a Academia esteve reunida no salão nobre da ACIA, para dar posse a dois novos Acadêmicos. Alemar Alves Sampaio, que ocupará a cadeira nº 11, cuja patronesse é a Elis Regina e Matheus Moreira Santos, ocupando a cadeira nº 14, cujo patrono é Manoel Bandeira. Após a solenidade os Acadêmicos se reuniram para uma confraternização de final de ano no Restaurante Simões. A Academia volta a se reunir em 05 de fevereiro de 2012.



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Poesia de João Vieira Jr - Dança

Dança

Queria dançar na chuva
Ver molhado teu corpo
Sentir o vento nos cabelos
Um olhar em busca de algo mais
Queria tomar champagnhe todo dia
Comer cerejas em fruta
Viver para viver a vida
Sentir no coração somente
Queria construir um lar
Montar um canto de aconchego
Um refúgio de Paz
Andar descalço
Cheiro de terra molhada
Perceber grama crescer
Queria dar um tempo
Flutuar acima das nuvens
Chegar no infinito
Olhar nos olhos
Contar as estrelas
Encontrar a esquina do mundo
O início de tudo
Onde pousa meu coração
Viver no paraíso
Trazer o paraíso para dentro de mim
Botar para fora este sentimento, dividir
E feliz viver cada momento
Mas areia nasce pedra
E cada dia vai se desmaterializando
Até se tornar areia
Também pode virar Vidro
E vidro também não é final
Pois muda de forma e cor
Enfeita e protege
E se recicla
E assim descubro me camaleão
Mimetizando me a cada dia
Também um Condor
Lançando vôos cada vez mais altos
E assim construindo a cada hora
Vou me tornando aquele projeto de mim
Sempre inacabado, sempre por vim
Sempre melhorado, sem nunca ter fim

João Vieira Jr.
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Poesias de Matheus M Santos - Caminhada & Ao Apagar das Luzes

Caminhada

Um lugar desprezado por você
O olhar intimidado e sem porque
Um descaso aparecendo em toda parte
Instruídos de pesares alugados ao acaso

Discutimos uma noite sem parar
Caminhamos envoltos no pesar
Onde você vai outra vez sem rumo?
Vivendo solitária apenas no seu mundo

Mostrará novamente o que cansei de ver
Você sempre perdida perguntando por que?
O olhar não sara as dores da ferida
Esperando respostas desse amor além da vida

Aonde cheguei era longe pra te buscar
Aonde eu irei, ao inferno se precisar
Aonde eu esperei apenas um olhar
Aonde eu sonhei você e eu a caminhar.



Ao Apagar das Luzes

Quando as luzes se apagam
Ao nascer do dia
A esperança nos afaga
Como companheira da Boêmia

Quando as luzes se apagam
Ao anoitecer da madrugada
Os poetas bebem vinho
Observando a passarada

Mas quando os pássaros não voam
E a esperança não afaga
O vinho não disfarça
O tamanho da nossa mágoa.

Matheus M Santos

Cadeira Número 14

Patrono MANUEL Carneiro de Souza BANDEIRA Filho
Nasceu no Recife, Pernambuco, em 1886, filho de um engenheiro. Fez estudos primários no Recife e secundários no Pedro II do Rio e ainda o primeiro ano da Escola Politécnica de São Paulo, pois desejava ser arquiteto.
Adolescente em 1904 foi obrigado a deixar os estudos e a viver em várias estações de clima; em 1913 foi para um sanatório da Suíça, de onde voltou em 1914; em 1917 publica A Cinza da Horas, saudada por João Ribeiro. Perde a mãe em 1916 e a irmã, que era enfermeira, em 1918; em 1919 publica Carnaval e no ano seguinte perde o pai, indo então morar na Rua do Curvelo, onde escreveu O Ritmo Dissoluto (1925), e Libertinagem (1930), e muitos poemas de A Estrela da Manha (1936), estando sua obra poética reunida em Estrela da Vida Inteira, publicado em abril de 1966.
Por ocasião de seu 80° aniversário, Bandeira é considerado o grande precursor do movimento Modernista iniciado em 1922 e um dos melhores poetas da língua de todos os tempos, embora ele próprio teimasse em se considerar "poeta menor". Deixou excelentes livros de crônicas (Os Reis Bêbados e Andorinha, Andorinha), memórias (Itinerário de Pasárgada), muitas traduções do espanhol do francês e do alemão, um compêndio de História das Literaturas e outros das Literaturas Hispano-Americanas (foi professor do Pedro II e da Universidade do Brasil), antologia da poesia brasileira, estudos sobre Gonçalves Dias, Antero de Quental e outros poetas; críticas de poesia e de artes plásticas, etc.
Entrou para a Academia Brasileira de Letras em 1940 e exerceu um intenso labor intelectual e uma larga e profunda influência, morrendo, coberto de glória, a 13 de outubro de 1968, no Rio.

Acadêmico ATUAL - Matheus Moreira Santos


        Nascido em 18 de Maio de 1989 em Apucarana, Paraná, filho de Carlos Alberto Santos e Elizabeth Aparecida Moreira Santos, é Psicólogo, Poeta e Escritor.


        Vê na escrita não apenas uma simples forma de se expressar, mais além disso uma maneira de poder mudar as coisas e proporcionar momentos prazerosos para os amantes da literatura, seu hobby principal é a leitura, gosta de ler diversos autores porém suas principais influências são: Álvarez de Azevedo, Charles Bukowski e Paulo Leminski. 


        Também se interessa por assuntos relacionados à filosofia, psicanálise, psicologia da saúde e hospitalar e psico-oncologia.

        É membro fundador juntamente com os poetas Janderson Cunha e Wander de Souza do Movimento Cultural Poetas Por Natureza, que tem como objetivo principal divulgar a Poesia nas escolas, faculdades, empresas, comércio, enfim trabalhar desde as crianças até os mais velhos para que adquiram o hábito da leitura e aos poucos se apaixonem por esse mundo tão diferente. Também organizam eventos como o Sarau Músico Literário onde artistas de diversas áreas se reúnem para se apresentar e compartilhar idéias visando sempre o avanço da cultura na região.


Atualizado em 06/08/2013.

Crônicas de Thadeus Palka - Fósforo, Bala de Menta, Café e Jornal.

FÓSFORO, BALA DE MENTA, CAFÉ E JORNAL.
(*)-Thadeus Palka.
            “Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal”; esses quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que se conhece.
            Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos avistou um letreiro luminosa com o nome: Hotel Venetia.
            Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: “Bem vindo ao Venetia”.
            No quarto uma discreta cama impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira para ser riscado.
            Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte.
            Mudou de roupa para o jantar (a moça fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa como tudo o que tinha visto naquele local, até então. Assinou a conta e retornou ao quarto. Fazia frio...
            E ele estava ansioso pelo fogo na lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!
            Na manhã seguinte o hospede acordou com um estranho borbulhar vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia “Sua marca predileta de café”. Bom apetite! Era mesmo!
            Como eles podiam saber desse detalhe? De repente lembrou-se; no jantar perguntaram qual sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta, Ao abrir havia um jornal. “Mas como pode”. É o meu jornal. Como eles adivinharam? Mais uma vez lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia. O cliente deixou o hotel encantado. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor.
            Mas o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal. Nunca se falou tanto na relação empresa – cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing.
            No entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito e mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemos das pessoas. O valor das pequenas coisas conta e muito.
            A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!
            Lembrando que: essa mensagem vale também para as nossas relações pessoas (namoro, amizade, família, casamento e etc.).
            Enfim pensar no outro como ser humanos.
            É sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe. Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia que na maioria das vezes passam despercebidos.
            “Pense nisso com muito carinho”.
            É relato enviado por um amigo via internet muito interessante e oportuno.
            Desejo a todos Feliz Natal e prosperidade, paz, saúde e alegria no ano de 2.012.
(*) – Advogado e ex-professor da FECEA – PR.