Homenagem à Terezinha Barbosa

Singela homenagem à nossa Acadêmica Terezinha Barbosa Guimarães, feita por Adiones Gomes da Silva, o Ponga, vice-pres. da SPJ – Sociedade dos Poetas Jandaienses. Doc.nº. 81, Janeiro/2012. Que, devido a formatação do texto, fica melhor visualizada como anexo.

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Homenagem à Terezinha Barbosa

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Crônica de Fahed Daher - AL CAPONE

AL CAPONE.

FAHED DAHER


A historia do cinema Norte Americano nos brindou com filmes maravilhosos, muitos deles históricos, embora, na tônica da história tenha havido algumas fantasias para levantar emoções e valorizar a cultura americana.

Recentes histórias, do nosso mundo político, nos levaram para a lembrança da história de Chicago, pela apresentação do filme os intocáveis, filme de grandes atividades emocionais.

Com os intocáveis a história da máfia, a “Honorata Societá”, também chamada de “Cosa Nostra”, onde pontificavam imigrantes italianos, entre eles, a figura que se tornou famosa, chamada Al Capone, com ele o crime organizado.

Al Capone nasceu na Itália em 1889 e faleceu em 1947 nos EEUU

Consta que o serviço de segurança, juntamente com a polícia federal americana, sempre muito eficientes, somados ao judiciário, nunca conseguiram provar qualquer participação de Al Capone em todos os processos de criminalidade, havidos no comando da sua “Cosa Nostra”.

Inclusive consta que nunca ele portou uma arma. Apenas os seus auxiliares e seguidores portavam as armas, metralhadoras, as vezes transportadas em um saco de golfe ou sob as vestimentas.

Consta que as atividades de gangsters, comandadas por ele, faturava cerca de três e meio bilhões de dólares por ano, com capacidade de subornar policiais e juizes, despendendo cerca de duzentos e cinqüenta milhões de dólares anuais.

Nunca houve provas para puni-lo, pois nunca estava presente nos acontecimentos. Nem suspeitas materiais ficavam nos atos de ilegalidade, nas disputas de grupos ou domínio de territórios de tráfico de drogas, prostituição, clandestinidade de bebidas especialmente durante a promulgada lei seca que proibia o comércio de bebidas alcoólicas, também no oferecimento compulsório de proteção a comerciantes e empresários e pessoas de muitas posses.

Este tipo de proteção era uma forma de extorquir dinheiro sob pena de receberem a agressão da própria organização e, quando pagavam para não serem agredidos pelo próprio grupo, eram também defendidos contra a agressão de outros.

Al Capone, oficialmente, nunca sabia de nada e nunca aparecia qualquer comprovação das suas participações ou comandos.

Conseguia ser recebido nos altos círculos sociais, relacionava-se bem com as autoridades. Alem dos subornos concedia belos presentes na forma de gentileza de boa amizade.

Seus auxiliares, os que se deixavam ser suspeitos e sujeitos a investigações maiores, por fracasso em determinadas ações, eram imediatamente eliminados, eliminação que era comandada com ordens para outros subordinados, tal como fazia Stalin na Rússia, quando recebia no gabinete algum elemento pelo qual não nutria simpatia, à saída deste, chamava um outro auxiliar de confiança e apenas dava um sinal, sem nada dizer, para eliminar o visitante que acabara de sair.

A punição de Al Capone lhe veio por algum deslize na declaração do imposto federal.

Não é necessário ser letrado para ser um chefe de máfia.

Nem ser culto ou erudito. Basta ter a capacidade de penetrar na psicologia dos auxiliares, conhecer a psicologia do medo, para impor a tirania.

Conhecer a gula de cada um para satisfazer suas exigências e, se aproveitando de todas estas fraquezas, saber dizer a cada um o que cada um gosta de ouvir, assim distribuir algumas benesses e dominar, mantendo o ar de nobreza e de protetor, se fazendo ausente e desconhecedor dos acontecimentos comprometedores.

Existe ambiente para um Al Capone na política do Brasil?

A massa da população gosta de protetores, mesmo fantasiosos.

A classe média gosta de fantasias. A camarilha gosta de lucro fácil.

Há boas condições para a máfia manter o domínio entre nós?

O Brasil precisa de “cumprimento da lei” igual os EE UU.

Nossas leis já são secas para os poderosos. Fogosas para os opositores.


Academia de Letras de Londrina. Centro de Letras do Paraná.

Mensagem do Presidente Edson Tavares - Tributo à Pequena Grande Mulher

Tributo à Pequena Grande Mulher
        Terezinha tornou-se parte de minha vida nestes últimos anos. Sua experiência, alegria, bravura e capacidade de se indignar diante das mazelas do mundo sem jamais perder a ternura me deixaram marcas indeléveis.
        Sua biografia incontestável a credenciou a ser reverenciada como grande entre os grandes, entre aqueles que escrevem com as próprias mãos sua história. Das Minas Gerais trouxe as raízes que seriam replantadas em Jandaia do Sul e se alastraria por todo o Vale do Ivaí. Seus ensinamentos levaram esperança, conforto, orgulho e progresso à vida de tantos que nem mesmo pude acreditar quando me convidou a escrever em sua companhia o livro da História de São Pedro do Ivaí. Seu currículo registrava as histórias de Itamogi, sua terra natal, e Jandaia do Sul e, em breve, haverá de registrar a de São Pedro.
        Durante três prazerosos anos convivemos diariamente. Trocamos mensagens, telefonemas e visitas. E trabalhamos até seus últimos dias. Criteriosa e disciplinada continha meu romanceio histórico e jamais   trouxe à pauta sua enfermidade. Buscava, isto sim, saber da Academia de Letras, dos trabalhos, da Família e de mim.
        E, mesmo quando todo o ar do mundo parecia lhe ser insuficiente, respirava a esperança. Agora, mesmo diante da tristeza pela perda irreparável, fica o exemplo de perseverança e uma incomensurável responsabilidade ao concluir um trabalho que levará nossas duas assinaturas.
        A convite do mentor Dr. Fahed Daher uniu-se a Francisco, Brás Miranda de Sá e Artur Palu e fundaram a Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-norte do Paraná onde desenvolveu suas atividades acadêmicas e intelectuais desde o ano 2000. Apoiou-me e sustentou-me quando fui indicado ao cargo de Presidente e hesitava em aceitar.
        Mas nada me deixaria marcas mais profundas que seu afetuoso abraço e o seu “Menino, eu te amo” diante das dificuldades que enfrentávamos juntos.
        Que Deus a receba em sua morada eterna enquanto ficamos e continuamos nossa caminhada.
        Terezinha, vá em paz!